A Viagem Autonómica Teve Direito a Duas Estreias Esgotadas

 
No passado 2 de Março de 2013, o documentário “A Viagem Autonómica”, de Filipe Tavares e Nuno Costa Santos, teve direito a uma estreia nacional lotada no Teatro Micaelense, que obrigou à realização de uma segunda exibição no dia seguinte, igualmente cheia. Este interessantíssimo produto cultural e cinematográfico reúne, ao longo de noventa minutos, mais de cinquenta depoimentos de personalidades, que pesquisaram e protagonizaram, alguns dos momentos mais interessantes da história cultural e social do Arquipélago dos Açores. Por razões, momentos e dimensões diferentes, estas personalidades ajudam a relatar os episódios e marcos decisivos na construção da identidade e consolidação da autonomia açoriana. Este belo e informativo projeto profissional é portanto, segundo a sua descrição oficial, um completo retrato da história do Arquipélago dos Açores, mas acima de tudo um filme que apresenta e discute as características da autonomia moderna deste arquipélago. Para além destes importantes depoimentos pessoais, a pesquisa que rodeou a criação de “A Viagem Autonómica”, valorizou também a consulta de arquivos de fotos, jornais de época, imagens da RTP Açores e cerca de quarenta livros de investigadores da história dos Açores. Este documentário, que conta com o Alto Patrocínio do Governo dos Açores, ainda só teve direito a uma distribuição regional, mas quem sabe se não veremos em breve este “A Viagem Autonómica” nas salas de cinema comerciais e continentais e, quem sabe, ficaremos assim a conhecer um pouco melhor as belas ilhas açorianas e a história dos seus habitantes. TRAILER do FILME - https://vimeo.com/56609146

Bios

FILIPE TAVARES
Natural de São Miguel – Açores, ganhou da insularidade a vontade de absorver o queo rodeia. Violinista desde os 7 anos, e aluno do conservatório em Ponta Delgada, cruzou ao longo do seu percurso acadêmico e profissional, o interesse pelo som, música e as imagens. Diretor de som, produtor e realizador, tem participado em inúmeras produções nacionais e internacionais, sendo premiado em “La Mano Azul” (Floreal Peleato – 2009), “Pare, escute, olhe” (Jorge Pelicano - 2009) e “Os vivos também choram” (Basil da Cunha – 2011), este ultimo em Cannes. Participou também no “Enxoval” - Joana Vasconcelos (Pedro Macedo – 2009). Tem acompanhado Abílio Leitão e Alexandre Melo, como diretor de som e pós-produção de áudio, na sua série documental “Geração 25 de Abril” (2010) sobre 10 artistas portugueses, e recentemente “Eduardo Batarda - como deve ser”, “Cabrita Reis” e “Noites Brancas – Julião Sarmento” (2012). Em 2010 criou a produtora Ventoencanado sediada em São Miguel. Estreia-se como realizador em “A Viagem Autonómica”, a sua primeira longa metragem documental. 

NUNO COSTA SANTOS 
Nuno Costa Santos, escritor e argumentista. Autor de peças como “É Preciso Ir Ver – Uma Viagem com Jacques Brel”, “Condomínio da Rua”, “Problemas de Agenda” e “Trabalhador Independente” (projeto Urgências). Na literatura, produziu o “Melancómico”, “Trabalhos e Paixões de Fernando Assis Pacheco”, “Dez Regressos” e “Às Vezes é um Insecto que Faz Disparar o Alarme”. É autor do documentário “Saudade Burra de Fernando Assis Pacheco”, do filme “Noite de Festa” e elemento da equipa de programas como “Zapping”, “O Trabalho” e “Os Contemporâneos”. Colaborou com o Jornal “Açoriano Oriental” numa série de entrevistas figuras marcantes da História contemporânea dos Açores, e uma peça sobre o independentismo açoriano para a “Grande Reportagem”.

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