A 21 de Março estreou em Cannes o telefilme “Behind the Candelabra”, de Steven Soderbergh. Esta obra nunca será exibida nas salas de cinema e é o último filme do cineasta, que confirmou em Cannes que vai fazer uma longa pausa na sua carreira cinematográfica para se dedicar a outros projetos. “Behind the Candelabra” será exibido na HBO (Domingo, 26 de Maio de 2013), mas passou primeiro por Cannes, onde recebeu críticas muito positivas que valorizaram o seu espirito cómico e satírico, que se enquadra muito bem com a espirituosa caracterização do extravagante Liberace. O italiano “The Great Beauty”, de Paolo Sorrentino, também brilhou neste dia cheio de boas vibrações. A crítica rendeu-se à mestria de Sorrentino, que tem aqui um indiscutível candidato à Palma de Ouro e ao título de Melhor Filme Italiano de 2013. As duas longas-metragens do dia da Competição Principal fizeram portanto muito sucesso, mas o mesmo não se passou na Un Certain Regrad, onde o francês “Bastards”, de Claire Denis, recebeu críticas muito más que o descrevem como um filme meramente comum.
A violência chegou aos ecrãs do Festival de Cannes a 22 de Março graças ao thriller “Only God Forgives”, de Nicolas Winding Refn. Após ter surpreendido este festival há duas edições atrás com o magistral “Drive”, Refn acabou por deixar muita gente desiludida com este seu novo projeto violento e semi-arthouse. O público não gostou muito, mas os maiores ataques ao filme vieram da crítica norte-americana, que não perdeu tempo em classificá-lo como uma perda de tempo e esforço inglório por parte da outrora gloriosa dupla Refn/ Gosling. “Grigris”, de Mahamat-Saleh Haroun, também foi exibido neste dia. Esta longa-metragem é de longe o projeto mais desconhecido da Competição Oficial e acabou por não ser uma grande surpresa, já que recebeu críticas mistas por parte da imprensa europeia, que parece ter apreciado a leveza do seu argumento. Os filmes sul-americanos “La Jaula de Oro”, de Diego Quemada-Diez (México) e ”Wakolda”, de Lucía Puenzo (Argentina), foram exibido no âmbito da Un Certain Regad.
O muito aguardado “Nebraska”, de Alexander Payne, foi exibido na passada quinta-feira (23 de Maio), mas não conseguiu reunir o esmagador consenso positivo que se esperava. A imprensa gostou do filme, mas não o adorou e até deu a entender que os últimos filmes de Payne são bem melhores e mais tocantes que esta obra. Já o drama francês “Blue Is The Warmest Color”, de Abdellatif Kechiche, deslumbrou o Festival de Cannes e arrancou muitas ovações da crítica. A imprensa foi até ao momento unanime em considerá-lo um épico dramático e íntimo que, ao longo de quase três horas, desperta uma grande variedade de emoções e sentimentos no público. Será que está encontrado o vencedor da Palma de Ouro de 2013?
Na sexta-feira, o Festival de Cannes acolheu a estreia mundial de "The Immigrant", de James Gray. Este poderoso drama sobre a emigração convenceu a crítica, mas poucos serão aqueles que ainda apostam na hipótese de Gray ser premiado com a Palma de Ouro. O filme é bom, mas não deslumbrou. O mesmo se pode dizer de "Michael Kohlhaas", de Arnaud Des Pallières. Esta obra convenceu a imprensa com a sua poderosa história de injustiça social e com o seu fiel retrato cénico do Século XVI, no entanto, não há nada de muito inovador ou criativo nesta obra. A Un Certain Regrad também não exibiu nenhum filme de relevo.
Na sexta-feira, o Festival de Cannes acolheu a estreia mundial de "The Immigrant", de James Gray. Este poderoso drama sobre a emigração convenceu a crítica, mas poucos serão aqueles que ainda apostam na hipótese de Gray ser premiado com a Palma de Ouro. O filme é bom, mas não deslumbrou. O mesmo se pode dizer de "Michael Kohlhaas", de Arnaud Des Pallières. Esta obra convenceu a imprensa com a sua poderosa história de injustiça social e com o seu fiel retrato cénico do Século XVI, no entanto, não há nada de muito inovador ou criativo nesta obra. A Un Certain Regrad também não exibiu nenhum filme de relevo.
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