Crítica - Diana (2013)

Realizado por Oliver Hirschbiegel
Com Naomi Watts, Naveen Andrews, Juliet Stevenson

Onde é que “Diana” falhou? Tantas esperanças foram depositadas neste projeto de Oliver Hirschbiegel, mas o resultado final é um péssimo e inesperado murro no estômago que é muito pouco digno do título de primeira cinebiografia da Princesa Diana, uma das figuras femininas mais amadas e mediáticas da segunda metade do Século XX. À partida seria difícil retirar um mau filme da rica e mediática história de vida da Princesa Diana, mas o guionista Stephen Jeffreys conseguiu precisamente isso com o péssimo enredo que criou, onde todas as partes importantes da vida da Princesa do Povo são amplamente ignoradas em detrimento de uma intriga romântica baseada em boatos e rumores que, para além de não respeitar a memória da Princesa Diana, não respeita também a sua importante herança social e cultural, que é completamente atirada para segundo plano por causa da mórbida e desnecessária atenção que é dada a um dos seus casos românticos que, como já disse, parece assentar em muitas mentiras e incerteza. Para além de um guião mentiroso e sem qualquer arte ou emoção, “Diana” também é gravemente prejudicado por uma direção desordenada e atabalhoada de Oliver Hirschbiegel, que nem parece o mesmo Oliver Hirschbiegel que realizou o brilhante “Downfall” (2004), que tal como “Diana”, também é uma cinebiografia que se foca nos últimos dias de vida de uma importante figura da recente história europeia: Adolf Hitler.


Há portanto uma série de defeitos crassos e inacreditáveis a apontar a esta obra, mas ninguém consegue atacar ou criticar a performance de Naomi Watts, que nos deslumbra com a sua imaculada interpretação da Princesa do Povo. Este é de resto o único aspeto fracamente positivo de “Diana”, que distribui mediocridade por todos os lados. Na base do argumento escrito por Stephen Jeffreys está o livro “Diana: Her Last Love”, de Kate Snell, que traça a cronologia do suposto último romance da Princesa Diana com Hasnat Khan, mas a maior parte dos factos que são revelados no livro não foram oficialmente confirmados por nenhuma entidade credível ou oficial, não passando por isso de rumores e suposições. É portanto difícil de perceber como é que os produtores de “Diana” quiseram transformar este livro não oficial na primeira cinebiografia da Princesa Diana, mas mesmo que quisessem contar a suposta história romântica entre Diana e Khan, não se compreende como é que permitiram que Stephen Jeffreys ignorasse, quase por completo, os grandes momentos dos seus últimos dois anos de vida. O próprio Hasnat Khan já veio a público descredibilizar o livro e este filme, que na sua visão não correspondem à realidade mas, acima de tudo, não honram a imagem da Princesa Diana, que nesta sua suposta cinebiografia é recordada por intermédio de clichés, polémicas e rumores. A grande maioria dos espetadores queriam e esperavam ver uma cinebiografia decente, informativa e cativante da Princesa Diana, mas o que nos é apresentado por Jeffreys e Hirschbiegel é uma cinebiografia limitada e até levemente insultuosa, que em nada corresponde ao que se esperava deste produto que, infelizmente, parece uma telenovela romântica barata e sem brilho.

 Classificação - 1,5 Estrelas em 5

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7 Comentários

  1. Como se faz uma crítica de um filme que não estreou? Apologia ao crime de download ilegal querido? Caiu no meu conceito. Cruzes...

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    1. Não estreou? Já está em exibição em todo o Portugal desde quinta-feira, 26 de Setembro. Se calhar não vive em Portugal, mas o Portal Cinema está sediado em Portugal.

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    2. Não estreou foi na net. LOL não há versões de jeito. Devia-se estar a referir a isso, porque nos cinemas está a dar desde quinta.

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    3. Parabéns pelo comentário pleno de oportunidade...
      Quanto ao filme, é triste, mas toda esta crítica é confirmada após o visionamento do mesmo. Infelizmente. Já quanto a Naomi Watts, tudo o que faz, faz bem. Adoro aquelas favolas =)

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  2. na moral o filme pode nao ter sido bom, mas sua critica é lixo e totalmente destrutiva uma palavra define sua critica podre

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  3. crítica ruim, não sabe nem escrever.

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