Diana - A Trágica Base Real do Filme

Em “Diana”, Oliver Hirschbiegel (Realizador) e Stephen Jeffreys (Guionista) retratam os últimos dois anos de vida de Diana Spencer, a Princesa do Povo, que faleceu tragicamente, vítima de um violento acidente de viação, durante a noite de 31 de Agosto de 1997 em Paris.
Entre 1995 e 1997, Diana viveu uma das épocas mais stressantes e difíceis da sua curta existência, porque para além de ter tido que lidar com as nefastas consequências familiares e sociais do seu controverso divórcio com o Príncipe Carlos, teve também que enfrentar a dura e constante perseguição dos jornalistas e dos paparazzi, que a partir da oficialização do seu divórcio começaram a seguir a par e passo, com ainda menos respeito e muita mais impertinência, o seu atribulado quotidiano social e familiar. A imprensa britânica e mundial teve portanto um papel preponderante na trágica e inesperada morte da Princesa do Povo, mas por ironia do destino foi por causa dessa sua persistente cobertura mediática, que a Princesa Diana acabou por se tornar assim tão famosa e tão amada em todo o mundo. Esta impertinente cobertura mediática também permitiu ao mundo seguir de perto os últimos passos de Diana que, entre importantes ações de cariz humanitário, conseguiu arranjar tempo para ter, alegadamente, duas polémicas relações românticas com o cirurgião Hasnat Khan e o empresário Doddi Fayed, mas tais relações nunca foram convenientemente confirmadas ou sustentadas, apesar dos vastos esforços da imprensa mundial em descobrir e desvendar todos os pormenores da vida privada da Princesa Diana, que morreu em Paris da mesma forma que viveu a maior parte da sua vida adulta, ou seja, a ser perseguida sem piedade por paparazzis sem escrúpulos que estavam à procura da foto mais polémica possível. 
"Diana", de Oliver Hirschbiegel tenta portanto ilustrar, ao pormenor, o que realmente se passou nos bastidores dos últimos anos de vida da Princesa Diana, mas resta agora saber se esta difícil ambição foi concretizada com sucesso, ou se o guião de Stephen Jeffreys não faz justiça ao que realmente se passou. O que parece fazer justiça à honra e memória de Diana é a interpretação de Naomi Watts, que em “Diana” parece incutir toda a sua alma e coração numa interpretação convincente e tocante da Princesa Diana, que se fosse viva teria completado, no passado dia 1 de Julho, cinquenta e dois anos de idade. 

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