Com Kristen Bell, Idina Menzel, Jonathan Groff
Tal como os maiores filmes de animação norte-americanos deste ano, “Frozen” é divertido e tem uma colorida e detalhada vertente técnica, mas não é nada extraordinário ou memorável. Não o vejo por isso com potencial para conquistar, de forma clara, o público, nem o vejo com possibilidades inequívocas de conquistar os especialistas, sendo também por esta mesma razão que não o vejo como um crónico candidato ao Óscar de Melhor Filme de Animação, porque não há nada que o separe, pelo menos de forma categórica, dos seus principais rivais comerciais e norte-americanos, como “Monsters University”, “Epic” ou “Despicable Me 2”. Tal como disse, a Walt Disney Pictures tem aqui um projeto animado e divertido que, claro está, conseguirá deliciar com relativa facilidade os espetadores mais novos, cujos pais também deverão ficar agradavelmente surpreendidos com esta aventura gélida e mágica de Anna, uma jovem intrépida que se junta ao montanhista Kristoff e à sua leal rena Sven numa jornada épica, enfrentando condições próprias do Evereste, trolls místicos e um hilariante boneco de neve chamado Olaf, numa corrida para encontrar a irmã de Anna, Elsa, cujos poderes gelados aprisionaram o Reino de Arendelle num Inverno eterno.
Este ano, Hollywood lançou vários filmes de animação muito interessantes, mas nenhum deles é deslumbrante. É difícil encontrar um que não cumpra, minimamente, a sua principal função, ou seja, entreter os espetadores mais novos, mas há uns que o fazem melhor que outros, como é o caso deste “Frozen”, que embora não seja muito melhor que a maioria é, ainda assim, um pouco mais interessante que alguns dos seus rivais diretos. É claro que seria completamente imprudente e até equivocado conceder-lhe o título antecipado de melhor filme de animação do ano, já que este estatuto parece estar reservado para o magistral “The Wind Rises”, o novo e último filme do mestre Hayao Miyazaki, mas parece-me seguro dizer que “Frozen” está, claramente, entre os melhores projetos animados norte-americanos do ano, mas lá está, é muito complicado dizer, sem hesitações, que é superior a outros bons candidatos que, tal como este filme de Chris Buck e Jennifer Lee, também oferecem ao público um guião ritmado e cheio de elementos fantasia, que ganham vida graças à cuidada componente técnica orquestrada por Chris Buck e Jennifer Lee, em parceria com Mir Z. Ali.
Na base do enredo de “Frozen” está o conto infantil "The Snow Queen", de Hans Christian Andersen, que recebeu aqui uma versão bastante infantil e comercial que, de certa forma, já era expectável, porque a Walt Disney sabe bem o que é que as crianças querem, por isso é que deu luz verde a este projeto, que junta uma história claramente familiar a uma excitante componente de aventura e fantasia que, como já referi, é ilustrada na perfeição por uma componente visual muito interessante que, ao nível das questões mais técnicas, acaba por se superiorizar à componente sonora da autoria Christophe Beck, que verdade seja dita não é nada especial. A história em si não dá azo a muitos momentos de aborrecimento. É óbvio que o semi-romance entre os dois heróis é um bocado chato e cansativo, mas tal falha é contrabalançada por uma aventura ritmada e com muita fantasia à mistura, que conta ainda com uma curiosa vilã que, ainda assim, não é propriamente assustadora, mas também não era esse o grande objetivo do enredo, já que a sua ambiguidade moral é bastante importante para o desenrolar do filme, que cumpre, com as já habituais condicionantes, tudo o que se espera dele ao nível de emoção e moralidades. Enfim, “Frozen” está entre as melhores animações americanas do ano, mas para mim não entra sequer na short-list das melhores animações dos últimos dois ou três anos. Se calhar até vencerá o Óscar de Melhor Filme de Animação, mas se tal acontecer será porque a Academia não quis premiar Miyazaki, e porque a concorrência direta não era assim muito forte.
Classificação -3,5 Estrelas em 5
3 Comentários
Kkkkkkkkkkkkkkkkkk que critica Zuada
ResponderEliminarParece que falou TUDO ao contrario
"Dificilmente conquistará o publico"
Melhor desempenho de uma animação da Disney desde TS 3
"E os especialistas"
Críticas com 97% de aprovação, com comentários quase unianimes como "melhor animação do ano"
Kkkkkkkkk q dó
filme absurdo de bom, veja novamente, vc só falou coisa sem nexo
ResponderEliminarO filme é super divertido e animado, um dos melhores do último ano. 5*
ResponderEliminar