Pai Por Acaso - Será Um Bom ou Mau Exemplo Das Comédias Parentais

A comédia “Pai Por Acaso”/ The Delivery Man”, o novo trabalho humorístico de Vince Vaughn, estreia já esta semana, 5 de Dezembro, no nosso país e prepare-se, porque aparenta ser um das melhores produções cómicas do último trimestre do ano, sendo por isso também uma ótima opção natalícia. Neste filme, Vince Vaugh dá vida a David, um homem de meia-idade que descobre que é o pai biológico de mais de quinhentas pessoas, já que por erro de uma clínica de fertilidade, as suas doações de esperma foram amplamente dívidas e implantadas em várias mulheres que queriam engravidar. É claro que David sabia que podia ter um ou dois filhos como consequência desta sua doação, mas nunca nos seus maiores pesadelos imagino que poderia ter mais de quinhentos, sendo que agora, cerca de cento e cinquenta interpuseram uma ação judicial para o conhecerem.

    

É verdade que a trama desta produção parece extremamente implausível, porque em abono da verdade e da realidade seria impossível que isto acontecesse na vida real, pelo menos com esta gigante dimensão. Há grandes probabilidades das doações de esperma darem origem a filhos, mas seria preciso uma concentração gigante de doações e sorte para que nascessem quinhentas pessoas, no entanto, no mundo hollywoodiano a lógica não importa muito, já que o que realmente importa é a dimensão cinematográfica do resultado final e, nesse ponto, este filme parece ir de encontro às expetativas da maior parte das pessoas, que espera encontrar neste projeto uma comédia razoável. O tema central do filme já é, em si, uma surpresa interessante que pode dar origem a várias piadas e momentos constrangedores, mas convém relembrar que este não é o único filme do género a apostar numa temática semelhante, já que num passado recente, foram várias as produções que seguiram este caminho, umas conseguiram algum sucesso, mas outras foram um desastre completo. A ver vamos se "Pai Por Acaso" junta-se aos bons exemplos, ou se pelo contrário vai parar à lista dos maus exemplos.

Os Bons Exemplos 

O principal exemplo de relativa qualidade dentro desta ainda jovem temática parece ser a comédia “Baby Mama” (2008), um projeto simples onde as humoristas profissionais Tina Fey e Amy Poehler dão um grande espetáculo de comédia e carisma, que acaba por salvar e transformar esta produção numa comédia pródiga em momentos de diversão. Este é um dos bons exemplos, tal como o clássico “Junior” (1994), onde Arnold Schwarzenegger e Danny DeVitto são postos no centro de numa trama imaginativa sobre gravidez masculina, que acaba por ser mais interessante do ponto de vista romântico, do que propriamente do ponto de vista humorístico. 

Os Maus Exemplos 

Não é preciso pensar muito para encontrar dois péssimos exemplos de comédias que utilizaram as temáticas da gravidez in vitro ou da doação de esperma para criarem resultados francamente estúpidos, falo claro está de “The Babymakers” (2012) e “The Back-Up Plan” (2010). Estes são, muito provavelmente, dois dos piores exemplos dentro deste género porque, para além de serem filmes péssimos sem nenhuma qualidade redentora, não conseguem, ainda por cima, rentabilizar os temas que estão na base das suas respetivas tramas e, mais grave que isso, não os conseguem adaptar a uma história com piada. A comédia "The Switch" (2011), com Jennifer Anniston e Jason Bateman, também não convenceu.

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