Pérolas Indie - Le Passé (2013)

 
Realizado por Asghar Farhadi
Com Bérénice Bejo, Tahar Rahim, Ali Mosaffa
Género - Drama 

Sinopse – Após quatro anos de separação, Ahmad regressa a Paris vindo de Teerão, a pedido da sua mulher francesa, Marie, de maneira a pôr um ponto final no processo de divórcio. Durante a sua breve estadia, Ahmad apercebe-se da natureza conflituosa da relação entre Marie e a filha, Lucie. Os esforços de Ahmad para tentar melhorar esta relação acabarão por revelar um segredo do passado. 

Crítica – Já estava à espera há muitos meses e com grande ansiedade pela estreia de “Le Passé”, o novo filme do realizador iraniano Asghar Farhadi, que em 2011 deixou-me agradavelmente surpreendido com o espetacular “Uma Separação”, que não me surpreendeu só a mim, já que para além de inúmeros elogios de vários quadrantes populacionais, também conseguiu conquistar alguns prémios importantes, como por exemplo o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. Este novo projeto de Farhadi está praticamente ao mesmo nível do brilhante “Uma Separação”, partilhando até algumas parecenças com este surpreendente sucesso, já que também é dotado de um dinâmico enredo com fortes características familiares e românticas, cuja força dramática beneficia ainda da presença de várias reviravoltas comoventes e deliciosamente bem montadas que nos deixam sempre presos ao que poderá acontecer na sequência seguinte, já que embora não seja um dínamo de adrenalina, “Le Passé” é um produto bastante intenso e imprevisível que é sempre acompanhado por um ritmo melodramático completamente viciante que, juntamente com a sua tocante componente dramática e intimista, transforma este produto num marcante exemplo de bom cinema que será falado durante muito tempo. A sua surpreendente e imprevisível história sobre compaixão e compreensão também ganha muito com a incrível profundidade dos medidos diálogos que se desenvolvem entre os protagonistas, que também são interpretados de uma forma cuidada e assertiva por um elenco jovem mas extremamente competente que ajuda a conferir ainda mais vida e emoção a esta grande obra que, para mim, ajudou a fechar 2013 com chave de ouro. 

 Classificação – 4 Estrelas em 5

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