Realizado por Takashi Miike
Com Hiroki Narimiya, Takumi Saitô, Mirei Kiritani
Género - Ação/ Comédia
Sinopse – Em 2016, foi aprovada uma lei no Japão que determina que todos os julgamentos têm que ser resolvidos em apenas três dias. A defesa tem esse prazo para provar que o réu é inocente, ficando a acusação com o mesmo prazo para provar que o réu é culpado. Os advogados de ambas as partes têm, portanto, pouco tempo para materializarem as suas estratégias, e para conseguirem triunfar neste verdadeiro jogo judicial. Phoenix Wright é um jovem advogado cheio de promessa que, com a supervisão de sua mentora, Mia Fey, vai conseguindo algumas vitórias importantes em Tribunal, mas apesar de tudo é considerado pelos seus colegas como um advogado fraco e inexperiente. A sua vida chega a um impasse e altera-se radicalmente quando Fey é assassinada, e Wright é apanhado no meio de uma grande conspiração que envolverá inesperadas reviravoltas que incluem, entre outras coisas, inesperadas alianças, investigações sobrenaturais, traições imprevistas e homicídios de complexa resolução.
Crítica – Já há algum tempo que esperava pela versão cinematográfica do videojogo “Ace Attorney”, um popular jogo criado por Shu Takumi em parceria com Capcom, onde o jogador controla Phoenix Wright um jovem advogador que usa as mais variadas técnicas de investigação para provar o seu caso e obter um veredicto favorável para o seu cliente. Não fiquei nada desiludido com o resultado final apresentado pelo sempre extravagante Takashi Miike, um cineasta japonês de luxo de quem se espera sempe o melhor. O guião do filme favorece os típicos exageros do videojogo, já que nos oferece uma intriga judicialmente mirabolante protagonizada por personagens caricaturais e extravagantes, que conferem alegria, emoção e vigor a este projeto, que para mim se encontra bem na fronteira entre um thriller e uma comédia.
A sua componente visual, que foi criada por Miike em parceria com Masakazu Oka (Diretor de Fotografia) e uma talentosa equipa técnica, também está quase perfeita e bem próxima ao espírito do videojogo, quer ao nível do vestuário e das caracterizações extravagantes, quer ao nível dos efeitos especiais, que ajudam a abrilhantar um pouco mais um guião que, honestamente, é já de si muito competente, porque balança, sem dificuldade, sequências de humor com sequências de ação e tensão, tanto dentro como fora do tribunal. O mistério da intriga também é muito bem construído e desenvolvido, mantendo-se sempre uma tensão agradável até à altura da grande revelação final, que é apenas a cereja no topo de um bolo muito emocionante e interessante, que faz justiça à fama do popular videojogo.
Classificação - 3,5 Estrelas em 5
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