Crítica - Miss Zombie (2013)

Realizado por Hiroyuki Tanaka 
Com Ayaka Komatsu, Makoto Togashi, Toru Tezuka 
Género - Terror

Sinopse - Uma sátira social repleta de humor negro passada num Japão do futuro, onde os zombies são ao mesmo tempo animais de estimação e empregados domésticos. 

Crítica - Se o grande vencedor do FantasPorto 2013 (“Mama”, de Andrés Muschietti) dividiu as opiniões dos cinéfilos presentes no Teatro Rivoli, o grande vencedor da edição deste ano dividiu-as ainda mais. Pela sinopse, esperava-se que “Miss Zombie” fosse um filme tresloucado, ao bom estilo de fitas como “Ace Attorney” ou “Why Don’t You Play in Hell”. Porém, “Miss Zombie” é na verdade um drama de contornos artísticos que tenta conferir uma nova abordagem aos filmes de zombies, mas que acaba por ser um aborrecimento acima de tudo. Percebe-se a crítica social imposta por um argumento que coloca a personagem zombie na pele de uma marginal que é abusada por tudo e por todos, e que depressa desempenha o papel de uma escrava sexual. Aprecia-se também a componente artística da obra, em que a própria palete de cores cumpre a função de tradutor emocional do conteúdo exibido. Contudo, “Miss Zombie” é simplesmente demasiado estranho e monótono para agradar por inteiro. Há muitas linhas soltas no argumento que nunca são devidamente exploradas e a película rapidamente se torna cansativa porque repete as mesmas sequências vezes sem fim. “Miss Zombie” é uma hora e meia com a personagem zombie a lavar o chão e a ser maltratada por todos, e pouco mais. A relação que a zombie forma com o filho da patroa ainda traz alguma profundidade dramática, afirmando-se como um ponto positivo. Mas isso é muito pouco para um grande vencedor de um festival como o FantasPorto.

Classificação – 2 Estrelas em 5

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