Editora: Coolbooks
Género:
Fantástico/Juvenil
Páginas:
Aproximadamente 52
Ano de Edição: 2014
Coleção: Criptocontos
Uma vela, um pacote de
sal e dois olhos bem abertos. É só isto que as amaldiçoadas personagens de “O
Jogo da Meia-Noite” têm à sua disposição para sobreviverem à sede de sangue do
Homem da Meia-Noite. Apesar de contrariado, Pedro decide comparecer à festa de
Halloween de Laura, a sua grande paixão. Tudo não deveria passar de uma noite
tranquila, pautada pelas habituais histórias de fantasmas, filmes de terror e
decorações macabras. Porém, um dos amigos de Laura tem a ideia de jogar o Jogo
da Meia-Noite para apimentar o serão e é a partir desse instante que as coisas
começam a descambar seriamente. Pois, ao invés de se divertirem, os jovens
depressa começam a ser perseguidos pelo Homem da Meia-Noite, um espetro
sinistro que faz das sombras uma arma para atacar as suas vítimas. Em comparação
com “A Hora da Hipnose”, “O Jogo da Meia-Noite” é bem mais macabro e
terrorífico, devendo portanto agradar aos fãs dos contos de terror
verdadeiramente arrepiantes. “O Jogo da Meia-Noite” decorre praticamente num
único cenário (a casa de Laura) e grande parte do seu enredo é passado à luz
das velas, o que garante desde logo um ambiente soturno, propenso a momentos de
enorme tensão e a sustos de enregelar os ossos. Uma vez mais, Rui Péricles não
precisa de muitas palavras para construir personagens credíveis e inserir por
completo o leitor na narrativa, o que põe a nu a sua capacidade inata para
dominar com alguma segurança o formato do conto literário, um formato mais
difícil de dominar do que se imagina. As reviravoltas são mais que muitas ao
longo do enredo sombrio e o final volta a presentear o leitor com uma surpresa
difícil de prever. “O Jogo da Meia-Noite” tem tudo para agradar aos jovens
admiradores dos contos de terror sobrenaturais. A narrativa nunca perde o
ritmo, os calafrios sucedem-se em catadupa e o arrojo do autor nalgumas opções
criativas garante uma boa e divertida leitura. Curiosamente, aqui está uma
ótima história para contar aos amigos no próximo Halloween. Caso queiram
experimentar jogar o Jogo da Meia-Noite, sugiro apenas que se assegurem de que
têm velas e pacotes de sal em número suficiente para toda a gente, senão as
coisas podem mesmo descambar. E vocês não querem que isso aconteça, garanto-vos…
2 Comentários
Olá! Quero agradecer pela divulgação aos meus livros e também dar os parabéns pelo magnífico site. Sendo fã de cinema, vou tornar-me visitante assíduo :-)
ResponderEliminarOlá, Rui!
ResponderEliminarNão tem de quê, ainda bem que gostou das críticas. Esperamos que continue a visitar-nos agora que já nos conhece. :)
Um abraço,
Rui Madureira