Com Jeff Bridges, Ben Barnes, Julianne Moore
Ao fim de muitos atrasos provocados por questões burocráticas, mas também por questões muito próximas ao seu nível de qualidade e respetivas expectativas comerciais, “Seventh Son” foi finalmente lançado nas salas de cinema este ano. Se os diversos atrasos e adiamentos que este filme sofreu nos últimos anos não fossem já de si suficientes para tecer prévios juízos de valor sobre o seu potencial e qualidade, então tais juízos já podiam, desde já, ser considerados válidos por intermedio de uma breve análise à estratégia que os seus distribuidores seguiram para o seu lançamento comercial, estratégia essa que privilegiou mercados secundários, como o Sudoeste Asiático e a Europa, em detrimento do mercado principal da América do Norte, onde “Seventh Son” só será lançado mais de um mês após a sua estreia em Portugal. Esta politica de distribuição deixa bem claro que nem os próprios responsáveis por este filme têm uma opinião positiva sobre o mesmo, mas estas suposições são todas confirmadas com a visualização deste medianíssimo projeto de fantasia e ação que, infelizmente, poem uma desnecessária mancha no currículo de Julianne Moore, a única coisa positiva e que vale a pena apreciar nesta fraquíssima produção cinematográfica, sim porque só mesmo a performance competente de Moore na pele da vilã Mother Makin é que dá um certo nível a um projeto que, fora isso, passa ao lado de qualquer tipo de elogio.
Baseado no livro “The Spook's Apprentice”, “Seventh Son” tem Bem Barnes na pele do jovem Tom Ward, o sétimo filho de um sétimo filho, que é recrutado pelo caçador de bruxas John Gregory (Jeff Bridges) para entrar para uma sociedade secreta que tem como principal objetivo proteger o mundo e livrar o planeta das forças maléficas que ambicionam controlar a Terra, como a maléfica Mother Malkin. A julgar apenas e só pela sinopse do livro que está exposta na Wikipédia, o enredo do filme difere muito da história da obra literária que está na sua base, mas esta não é nenhuma desculpa ou justificação para as gigantes fragilidades desta obra. É claro que os fãs do livro ficaram, à partida, francamente desiludidos com esta adaptação cinematográfica, mas até um simples espectador que não conheça o livro dificilmente terá qualquer tipo de reação positiva perante esta obra que, para além de um argumento muito rudimentar e sem qualquer tipo de valor ao nível de ação, fantasia e romance, aposta ainda numa composição técnica que fica muito longe do que seria de esperar de uma produção de Hollywood com um orçamento de milhões. Quem vê “Seventh Son” fica a pensar apenas duas coisas: que após tantos atrasos e adiamentos mais valia à Legendary Pictures ter cancelado o seu lançamento e que Julianne Moore merecia melhor sorte, especialmente no ano em que, quase de certeza, vai finalmente receber o merecido Óscar de Melhor Atriz.
Classificação - 1 Estrela em 5
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