Crítica - Suspension (2015)

Realizado por Jeffery Scott Lando 
Com Ellen MacNevin, Sage Brocklebank
Género - Terror

Sinopse - No aniversário dos ataques homicidas do seu pai, a jovem Emily passa a noite em casa, tratando como sempre do seu irmão mudo. O que poderia ser mais uma noite de rotina acaba por se tornar numa noite de horror e violência para Emily e para os seus amigos.

Crítica - O FantasPorto 2015 foi o palco da antestreia mundial de "Suspension", o novo projeto de Jeffery Scott Lando, cuja já extensa filmografia pouco dirá aos portugueses, até porque nem os próprios norte-americanos deverão conhecer a maior parte dos seus trabalhos que, a julgar pelas críticas que se podem ler internet, passaram bastante ao lado do público em geral. Este seu novo projeto, que segundo o próprio cineasta demorou quase doze anos a ser feito, não é propriamente um filme de terror de qualidade e nem sequer terá, suponho eu, grande representação no mercado cinematográfico internacional devido aos seus vários múltiplos lapsos que, verdade seja dita, nem se sentem tanto na parte técnica, mas sim junto do seu mediano argumento que parte de uma base previsível que já vimos tantas vezes representada em outras produções bem superiores. O principal problema, entre vários, é que em “Suspension” não é dado nenhum twist especial a esta base já muito vista, muito pelo contrário, tudo é retratado com um claro receio de arriscar ou inovar. É certo que no início há uma tímida tentativa de apostar em algo diferente através de uma espécie de jogo entre a realidade e a fantasia que é criado pela introdução de uma graphic novel que a protagonista cria e que parece imitar/ retratar a realidade, mas este jogo que parecia ter potencial para mais acaba por não ser aproveitado da melhor forma e acaba por denunciar a previsibilidade da trama e da sua moral. 
Para todos os efeitos práticos e genéricos, "Suspension" só pode ser descrito como um filme de terror psicológico com elementos de slasher juvenil, mas em nenhuma desta mixórdia cinematográfica há muito valor narrativo no que à imaginação e ao potencial diz respeito. É um daqueles filmes independentes que até tem bons valores técnicos e cujos atores até apresentam um trabalho razoável, mas cuja trama acaba, em última análise, por não encher as medidas do espectador.

Classificação - 1,5 Estrelas em 5

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