Realizado por Bill Condon
Com Ian McKellen, Milo Parker, Laura Linney
Se aprecia as adaptações televisivas, cinematográficas ou até teatrais que exploram os misteriosos casos investigados pelo Detetive Sherlock Holmes e o seu fiel aliado Dr. Watson, sejam elas clássicas, alternativas ou recentes, então prepare-se porque "Mr. Holmes" nada tem a ver com essas obras de cariz policial e repletas de mistérios imaginados por Sir Artur Conan Doyle entre os finais do Século XIX e inícios do Século XX, mas é ainda assim um produto cinematográfico que agradará a qualquer fã desta icónica personagem e não só, porque é um drama deliciosamente competente, emocionante e completo que explora como nenhum outro projeto até à presente data o lado mais Humano e Mortal do icónico Sherlock Holmes, preferindo assim dar enfase a um retrato inesperado sobre as fragilidades do protagonista e não apenas à ação, tensão e mistério dos seus inquietantes casos, algo que acaba por conferir a "Mr.Holmes" uma profundidade dramática surpreendente mas muito imponente e quase realista que combina muito bem com uma doçura semi-familiar que deriva da interação de um envelhecido Sherlock Holmes com o seu novo ajudante que mais não é que um menino muito astuto e humilde que espera torna-se no próximo grande detetive do Reino Unido e que, para esse efeito, espera ajudar o quase senil detetive a lembrar-se do seu último caso e, assim, morrer com a consciência tranquila.
Há um pequeno mistério no centro de "Mr. Holmes" que, quando aliado a pequenos traços, maneirismos e familiaridades que estão diretamente relacionados com as clássicas investigações de Sherlock Holmes, aproximam este filme às restantes produções protagonizadas por esta personagem, mas no fundo esta obra é muito diferente e tais mistérios e maneirismos tornam-se mesmo irrelevantes, porque o que verdadeiramente sobressai como mais emocionante e interessante nesta produção é o retrato íntimo, frágil e até familiar que é feito de um senil Sherlock Holmes que procura, por vezes sem a lógica que todos nós lhe reconhecemos, respostas muito pessoais para várias perguntas que assombram o seu passado e que lhe criaram uma mágoa enorme que, no final, é aproveitada para rentabilizar e dramatizar uma conclusão muito forte e intensa que se revela essencial para conseguirmos alcançar uma visão inesperada mas espantosa de uma personagem muitas vezes retratada com demasiada estoicidade e distanciamento emocional.
Esta virtude narrativa de "Mr. Holmes" é exponenciada por uma direção muito cuidada de Bill Condon, mas especialmente por uma performance brilhante do experiente Ian McKellen que, simplesmente, está sublime na pele de Sherlock Holmes, conferindo a esta icónica personagem uma humanidade mais experiente, expressiva e em alguns momentos até ternurenta que reforça com maior vigor as emoções, fragilidades e dramas internos do famoso detetive fictício que nesta obra, já no final da sua vida, aparece-nos como um homem quebrado e completamente sozinho mas com um coração de manteiga capaz de derreter qualquer um, sendo certo que muita desta força emocional que é provocada junto do espectador comum deve-se à prestação do brilhante Ian McKellen, um verdadeiro Senhor da Arte da Representação que eleva a personagem de Sherlock Holmes a uma nova dimensão.
Há um pequeno mistério no centro de "Mr. Holmes" que, quando aliado a pequenos traços, maneirismos e familiaridades que estão diretamente relacionados com as clássicas investigações de Sherlock Holmes, aproximam este filme às restantes produções protagonizadas por esta personagem, mas no fundo esta obra é muito diferente e tais mistérios e maneirismos tornam-se mesmo irrelevantes, porque o que verdadeiramente sobressai como mais emocionante e interessante nesta produção é o retrato íntimo, frágil e até familiar que é feito de um senil Sherlock Holmes que procura, por vezes sem a lógica que todos nós lhe reconhecemos, respostas muito pessoais para várias perguntas que assombram o seu passado e que lhe criaram uma mágoa enorme que, no final, é aproveitada para rentabilizar e dramatizar uma conclusão muito forte e intensa que se revela essencial para conseguirmos alcançar uma visão inesperada mas espantosa de uma personagem muitas vezes retratada com demasiada estoicidade e distanciamento emocional.
Esta virtude narrativa de "Mr. Holmes" é exponenciada por uma direção muito cuidada de Bill Condon, mas especialmente por uma performance brilhante do experiente Ian McKellen que, simplesmente, está sublime na pele de Sherlock Holmes, conferindo a esta icónica personagem uma humanidade mais experiente, expressiva e em alguns momentos até ternurenta que reforça com maior vigor as emoções, fragilidades e dramas internos do famoso detetive fictício que nesta obra, já no final da sua vida, aparece-nos como um homem quebrado e completamente sozinho mas com um coração de manteiga capaz de derreter qualquer um, sendo certo que muita desta força emocional que é provocada junto do espectador comum deve-se à prestação do brilhante Ian McKellen, um verdadeiro Senhor da Arte da Representação que eleva a personagem de Sherlock Holmes a uma nova dimensão.
Classificação - 4 Estrelas em 5
1 Comentários
muito interesante, mas, faça favór quebre o seu frases em partes menores. Lerá mais facil com menos confusão. obrigado
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