Pérolas Indie - A Girl Walks Home Alone at Night (2014)

Realizado por Ana Lily Amirpou
Com Sheila Van, Rome Shadanloo
Género - Terror

Sinopse - Há coisas estranhas a acontecer na Cidade Malvada. A cidade fantasma iraniana, terra de prostitutas, drogados, chulos e outras almas sórdidas, é um lugar que fede a morte e desespero, onde uma solitária vampira persegue os habitantes mais repugnantes da cidade. Mas quando um rapaz conhece uma rapariga, uma história de amor invulgar começa a desabrochar... em tons de vermelho sangue.

Crítica - Uma das maiores pérolas e surpresas do ano transacto, "A Girl Walks Home Alone at Night" teve pouca atenção mediática nos Estados Unidos e na Europa, mas a verdade é que esta espécie de western noir de vampiros confere ao já batido e cansado género de terror vampírico um certo twist de qualidade, irreverência e surpresa, especialmente quando somos forçados a ter em conta que é a reservada cultura iraniana que se encontra na base narrativa desta deliciosa produção que se destaca sobretudo pela sua originalidade e categoria. Embora não seja o típico filme de terror que Hollywood e até mesmo a Europa ou a Ásia produzem com enorme facilidade quase todos os anos, "A Girl Walks Home Alone at Night" merece uma menção bem honrosa e luxuosa dentro do sector, sobretudo porque eleva a temática dos vampiros para um nível de desenvolvimento diferente e muito curioso, não sendo contudo aquele filme para o típico fã de filmes de terror, mas mais para os apreciadores de um cinema mais indie e artístico que tantas vezes é ostracizado nas salas de cinema. 
Realizado pela jovem americana com ascendência iraniana Ana Lily Amirpou que, com uma surpreendente ardileza para a sua idade, põem em prática todo o seu talento nesta produção, "A Girl Walks Home Alone at Night" é mesmo uma daquelas pérolas únicas que, pese embora não arrisque em demasia num argumento complexo e portentoso do ponto de vista dramático ou até humano como por exemplo o sueco e mais comercial "Let The Right One In", destaca-se ainda assim pelas suas qualidades técnicas e pelo seu estilo inconfundível que, como já foi dito, é habilmente reforçado pela sua talentosa cineasta que consegue com esta sua obra de estreia introduzir uma certa diferença e novidade a um género algo batido mas que ainda tem muito para dar. É óbvio que não é nem nunca será um filme popular ou tipicamente divertido ou interessante, mas para um serão de cinema diferente e mais artístico aparece como uma escolha a ter em conta, quanto mais não seja para apreciar a bela performance da jovem atriz Sheila Van ou a qualidade técnica da cineasta Ana Lily Amirpou.

Classificação - 4 Estrelas em 5

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