Crítica - Knock Knock (2015)

Realizado por Eli Roth
Com Keanu Reeves, Lorenza Izzo, Ana de Armas

O nome de Eli Roth é quase um sinónimo de um filme de terror violento, mas com a excepção do apelativo "Hostel" (2006) mais nenhum filme da sua ainda curta filmografia como realizador a solo conseguiu convencer o público ou a imprensa. Este seu  mais recente projeto nesta área exemplifica na perfeição este balanço negativo, já que à semelhança de obras como "Hostel II" (2007) ou " Green Inferno" (2015), "Knock Knock" tem aquela pujança de violência característica de Roth mas, num plano global, não se destaca como um filme equilibrado e positivo. 


Ao contrário dos outros filmes realizados por Roth,"Knock Knock" tem uma mega estrela de Hollywood no papel do protagonista. Essa estrela é o simpático e agora mais independente Keanu Reeves que, no papel de Evan Webber, entrega uma performance simples mas pautada por  aquele seu carisma relativamente alucinado que eleva a esta sua personagem a um patamar de maior interesse. É sobre esta personagem aparentemente normal e com uma vida perfeita que recaem todas as desgraças desta produção. Isto porque no decorrer de um simples fim-de-semana de sossego, a tranquilidade Evan é atrapalhada por duas jovens mulheres que quando entram na sua vida acabam por torná-la num pesadelo repleto de violência e tortura. Essas duas mulheres são interpretadas pelas jovens Lorenza Izzo e Ana de Armas cujas performances em "Knock Knock" não são suficientemente objetivas para avaliar um possível futuro de ambas em Hollywood, mas tal como sucede com a de Reeves, os seus respetivos trabalhos são positivos e não é por sua culpa que o filme se torna tão aborrecido. 
O seu maior problema é o seu enredo simples e com uma premissa já algo batida cujo conteúdo é desde logo revelado na totalidade pelo trailer. Isto leva a que o próprio filme não consiga incutir qualquer dose de surpresa ou imaginação à experiência cinematográfica do espectador, mas o seu maior problema não é a simplicidade da sua trama, mas sim a forma como esta é explorada. Embora seja polvilhado por muitas sequências de tortura próximas ao estilo característico de Roth, "Knock Knock" está bem longe de ser um filme de qualidade dentro do género. E tudo porque Roth nunca apoia tais sequências interessantes com uma trama minimamente intensa ou, no mínimo, curiosa que pudesse aumentar os seus objetivos para além do simples choque fácil do espectador. Tal não acontece e, no final, o contraste entre um enredo insosso e uma violência crua é demasiado falível e insatisfatório para qualquer gosto.

Classificação - 2 Estrelas em 5

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2 Comentários

  1. Knock Knock - Tentações Perigosas: 2*

    "Knock Knock - Tentações Perigosas" é apenas um filme razoável e desiludiu-me um bocado, "Knock Knock" poderia ter sido muito melhor e isso teria sido bom.

    Cumprimentos, Frederico Daniel.

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  2. Até se justificava a trama, mas aquele final muito idiota tipo continua no proximo cpitulo. Não recomendo a ninguen.

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