A 36ª Edição do FantasPorto chegou ao fim com a vitória da comédia musical de terror polaca "The Lure", de Agnieszka Smoczynska. Este filme, que este ano já passou pelo Festival de Sundance, juntou o prémio de Melhor Filme da Competição de Cinema Fantástico aos prémios de Melhor Realizadora e Melhores Efeitos Especiais. O júri atribuiu ainda um prémio especial de Melhor Filme ao filme de terror russo “Queen of Spades: The Dark Ride”, de Svyatoslav Podgayevskiy. Já a curta "Blight", que curiosamente foi exibida com "The Lure", conquistou o Prémio de melhor Curta da Cinema fantástico. Na Semana dos Realizadores, o título de Melhor Filme foi atribuído a “The Open”, de Marc Lahore, tendo Lahore conquistado também o prémio de Melhor Realizador desta secção. O prémio especial do júri da Semana dos Realizadores foi entregue a “Just Jim”, de Craig Roberts, tendo o ator palestiniano Ziad Bakri vencido o prémio de melhor ator por “Blind Sun”, enquanto o galardão para a melhor atriz foi atribuído à filipina Barbie Forteza por “Laut”, filme que também mereceu uma menção especial. O melhor filme português foi “Quarto em Lisboa”, de Francisco Carvalho, e a Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo do Porto, venceu a Competição de Melhor Escola de Cinema. Já na secção Orient Express, que se dedica ao Cinema Asiático, “Deep Trap”, de Kwan Hyung-jin, foi distinguido com o prémio de Melhor Filme, já o japonês “I am a Hero”, de Shinsuke Sato, recebeu uma Menção Honrosa, à qual junto o prémio do público que dividiu com o thriller sobrenatural sueco "Sensoria", de Christian Hallman.
É este o palmarés da 36ª Edição do FantasPorto que, uma vez mais, trouxe a Portugal várias obras muito interessantes do mundo do cinema fantástico, sendo de destacar, como já aqui havia referenciado, os filmes "The Lure" e "I Am a Hero" que foram, de longe, as longas metragens mais populares deste certame. Os três últimos dias do FantasPorto foram dedicados à exibição das longas vencedoras e de todas as curtas metragens em competição, ficando reservada para o final do dia de sexta-feira a exibição de três filmes, um árabe e dos norte-americanos, que, por tudo aquilo que não conseguiram oferecer ao público, compreende-se precisamente porque é que foram exibidos à margem da competição.
No cômputo geral, a Secção de Cinema Fantástico apresentou uma seleção de filmes muito completa e equilibrada que deve ter feito as delícias dos fãs do género fantástico. É claro que entre as várias longas metragens em competição existiram muitas produções fracas, cuja presença foi ainda assim compensada por obras de maior calibre. Se em 2015, "Liza The Fox fairy" tinha sido praticamente o único filme acima da média da Secção de Cinema Fantástico, já este ano houve mais opções de qualidade. O mesmo já não se pode dizer da Secção da Semana dos Realizadores, cujo nível de filmes ficou, no geral e salvo uma ou duas excepções, muito abaixo da média. É óbvio que esta secção mais dedicada aos dramas não é o ponto central do FantasPorto, mas ainda assim pedia-se um pouco mais de qualidade a esta seleção. Quanto à Organização não há muito a apontar. É verdade que o Teatro Rivoli apenas encheu por um par de vezes, mas ainda assim registaram-se assistências curiosas em alguns filmes.
Ao contrário da Sessão de Abertura, que foi pautada por escolhas interessantes, a Sessão de Encerramento do FantasPorto foi uma oportunidade perdida. Nada contra o clássico "Before the Rain", de Milcho Manchevski, que já agora foi homenageado nesta 36ª Edição, mas escolher esta obra para fechar o festival foi um erro, simplesmente porque a mesma já tinha sido exibida no certame deste ano, não fazendo por isso sentido a sua escolha. Teria sido preferível optar por uma estreia nacional ou internacional, mas, ainda assim, esta opção duvidosa é bem capaz de ser a maior crítica que se pode fazer ao FantasPorto 2016. O resto do festival decorreu sem problemas e com boas produções que deram a conhecer novos cineastas em várias competições, quer na de curtas metragens, quer na de longas metragens. Espera-se que o FantasPorto volte em 2017 e deseja-se que, pelo menos, apresente uma Competição Cinema Fantástico tão interessante e diversificada como a deste ano.
PS - A equipa do Portal Cinema aproveita ainda para desejar a continuação de uma recuperação saudável a Mário Dorminsky, Presidente do FantasPorto, que, record-se, está a recuperar de um AVC. Esperemos que em 2017 já pise o Palco do Rivoli.
É este o palmarés da 36ª Edição do FantasPorto que, uma vez mais, trouxe a Portugal várias obras muito interessantes do mundo do cinema fantástico, sendo de destacar, como já aqui havia referenciado, os filmes "The Lure" e "I Am a Hero" que foram, de longe, as longas metragens mais populares deste certame. Os três últimos dias do FantasPorto foram dedicados à exibição das longas vencedoras e de todas as curtas metragens em competição, ficando reservada para o final do dia de sexta-feira a exibição de três filmes, um árabe e dos norte-americanos, que, por tudo aquilo que não conseguiram oferecer ao público, compreende-se precisamente porque é que foram exibidos à margem da competição.
No cômputo geral, a Secção de Cinema Fantástico apresentou uma seleção de filmes muito completa e equilibrada que deve ter feito as delícias dos fãs do género fantástico. É claro que entre as várias longas metragens em competição existiram muitas produções fracas, cuja presença foi ainda assim compensada por obras de maior calibre. Se em 2015, "Liza The Fox fairy" tinha sido praticamente o único filme acima da média da Secção de Cinema Fantástico, já este ano houve mais opções de qualidade. O mesmo já não se pode dizer da Secção da Semana dos Realizadores, cujo nível de filmes ficou, no geral e salvo uma ou duas excepções, muito abaixo da média. É óbvio que esta secção mais dedicada aos dramas não é o ponto central do FantasPorto, mas ainda assim pedia-se um pouco mais de qualidade a esta seleção. Quanto à Organização não há muito a apontar. É verdade que o Teatro Rivoli apenas encheu por um par de vezes, mas ainda assim registaram-se assistências curiosas em alguns filmes.
Ao contrário da Sessão de Abertura, que foi pautada por escolhas interessantes, a Sessão de Encerramento do FantasPorto foi uma oportunidade perdida. Nada contra o clássico "Before the Rain", de Milcho Manchevski, que já agora foi homenageado nesta 36ª Edição, mas escolher esta obra para fechar o festival foi um erro, simplesmente porque a mesma já tinha sido exibida no certame deste ano, não fazendo por isso sentido a sua escolha. Teria sido preferível optar por uma estreia nacional ou internacional, mas, ainda assim, esta opção duvidosa é bem capaz de ser a maior crítica que se pode fazer ao FantasPorto 2016. O resto do festival decorreu sem problemas e com boas produções que deram a conhecer novos cineastas em várias competições, quer na de curtas metragens, quer na de longas metragens. Espera-se que o FantasPorto volte em 2017 e deseja-se que, pelo menos, apresente uma Competição Cinema Fantástico tão interessante e diversificada como a deste ano.
PS - A equipa do Portal Cinema aproveita ainda para desejar a continuação de uma recuperação saudável a Mário Dorminsky, Presidente do FantasPorto, que, record-se, está a recuperar de um AVC. Esperemos que em 2017 já pise o Palco do Rivoli.
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