Realizado por Julia Ducournau, que recentemente se destacou pelo bizarro mas aclamado "Titane", "Raw" chegou às notícias em 2017 graças à polémica em redor de algumas sequências mais bizarras e um tema canibal pouco consensual. Esta polémica foi agravada quando, durante a sua estreia no Festival de Londres, causou uma onda de más disposições entre os espectadores.
Como se previa, "Raw" não chegou ao circuito comercial, mas destacou-se nos vários festivais de terror por onde passou. Trata-se de um filme pesado com temas complexos que tem como protagonista uma jovem vegetariana que é obrigada a participar num ritual que a obriga a comer carne numa escola veterinária, algo que desperta nela uma fome enorme por carne...humana.
Este filme ressurge agora no circuito mediático devido à sua inclusão no catalogo da Netflix, onde já pode ser visualizado sem censura.É claro que a polémica também acompanhou este seu lançamento e não faltam vozes pelas redes sociais que têm alertado para o conteúdo pesado desta produção que se destacou pela abordagem de um tema que, por exemplo, o recente "Bones And All" explorou com um menor gore.
Embora pouco requintado, "Raw" cumpre na entrega de algo bizarro e decadente. Já com "Raw", Ducournau mostrou o seu talento para contar histórias fora do normal que, uns anos mais tarde, acabaria por valer-lhe a Palma de Ouro do Festival de Cannes por "Titane".E "Raw" destaca-se pelo espetaculo diferenciador que apresenta, apesar de não ser propriamente um filme de terror todo o terreno.
Classificação - 3 Estrelas em 5
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