Crítica - Despicable Me 3 (2017)


Realizado por Kyle Balda
Com Kristen Wiig, Steve Carell, Miranda Cosgrove

Nos últimos anos, a Universal Pictures encontrou um verdadeiro filão de ouro no franchise de animação “Despicable Me” que, para além dos filmes da saga original, já teve direito a uma spin-off centrada nos adoráveis Minions, os ajudantes do carrancudo protagonista. Todos os filmes desta coletânea foram um sucesso comercial, incluindo este “Despicable Me 3” que, apesar de ter muito menos piada que qualquer entrega anterior, conseguiu ainda assim a proeza de convencer os espetadores a irem em massa ao cinema. Pese embora a sua ampla apetência comercial, “Despicable Me 3” revela-se um filme de animação bastante mediano.
Um dos seus principais problemas prende-se com a sua evidente incapacidade de entreter o espectador, seja este da idade que for. Não é que, no passado, a saga tenha sido um exemplo de humor de qualidade e com forte capacidade de entretenimento, mas pelo menos os seus filmes sempre demonstraram aptidão para entreter, pelo menos, os espectadores mais novos. Esta entrega já não consegue ter esse efeito, denotando-se a presença de um humor mais seco e banal que não consegue puxar pelo público. Para tal muito contribuiu o facto de os adoráveis Minions terem aqui uma presença muito apagada. No passado estas engraçadas personagem eram assumidamente um dos pontos de destaque dos filmes, mas em “Despicable Me 3” quase não aparecem em cena e, quando aparecem, as suas interações aparecem desprovidas de força ou humor. A esta grave ausência juntam-se muitos outros pormenores e componentes que foram descurados e que contribuíram para um resultado abaixo da média.
A construção da própria narrativa não apela a elementos de humor minimamente capazes, aliás estamos até perante um enredo que junta o que de pior os últimos filmes apresentaram, quer a nível de humor, quer ao nível de opções dramáticas ou de ação. No fundo, “Despicable Me 3” centra as suas atenções numa aventura insípida e com pouca relevância liderada por Gru que, infelizmente, explora poucas questões à margem da ação central que, já agora, convém referir que é já de si bastante fraca.  

Classificação - 2 Estrelas em 5

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