Crítica - Jane (2017)

Realizado por Brett Morgen

Todos nós já ouvimos a história de Jane Goodall, uma bióloga que, após acabar os seus estudos, foi viver para o meio da selva, completamente isolada do mundo moderno, para assim conseguir estudar com maior proximidade os gorilas e o seu comportamento social. Até ao dia de hoje, Goodall prossegue o trabalho que iniciou em 1960, sendo que agora conta com o apoio da fundação que criou, The Goodall Institute, para prosseguir os estudos dos primatas na região onde passou grande parte da sua vida.
Este documentário narra a jornada de Goodhall desde 1957 até ao dia hoje. É uma obra documental muito completa e, por isso mesmo, absolutamente deliciosa, especialmente para quem conhece a história de Goodhall. Não é por isso à toa que está na short-list de nomeados ao Óscar de Melhor Documentário e, verdade seja dita, merece essa honra e até muito mais porque é, efetivamente, um dos principais documentários de 2017.
“Jane” é narrado pela própria Goodall que, ao longo do filme, vai narrando os principais momentos da sua investigação no Gombe Stream National Park na Tanzania. No documentário, Goodhall  também fala da sua própria vida privada, incluíndo exposições sobre a infância do seu único filho e sobre o seu casamento falhado com o seu primeiro marido, o documentarista Hugo van Lawick. Esta narração é acompanhada por imagens reais de arquivo da vida e do trabalho de Goodall, imagens essas que na sua maioria foram gravadas pelo seu ex-marido que, para o bem e para o mal, foi um dos grandes companheiros da sua vida.
O retrato documental de “Jane” é muito abrangente e competente, mas é sobretudo incrivelmente intimista. É um olhar sobre a vida e carreira de uma mulher extraordinária e, tal como Goodhall, “Jane” é absolutamente extraordinário. Um excelente produto cinematográfico da National Geographic.

Classificação - 4 Estrelas em 5

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