A Festa do Cinema Italiano realiza-se a partir de Abril nas seguintes cidades: Lisboa (4 a 12 abril), Porto (4 a 8 Abril), Cascais (5 a 8 abril), Setúbal (5 a 8 abril), Almada (6 a 8 abril), Coimbra (7+12+13 abril), Évora (11 a 13 abril), Aveiro (16 e 17 abril), Viseu (17 a 19 abril), Beja (2 a 4 maio), Moita (11+18+25 maio), Tomar (15 a 19 maio), Loulé (18 a 20 maio), Viana do Castelo (22 e 23 maio), Caldas da Rainha (22 a 24 maio), Funchal (6 a 9 junho), entre outras a confirmar em breve.
É universal que Itália é um dos países onde mais se comunica com as mãos. O que não é tão óbvio é que para além dos gestos mais conhecidos, existem outros que os não italianos não dominam ou nem suspeitam que existem. Gestos que já todos vimos ou costumamos ver, mas não sabemos o que significam. A imagem da 11ª Festa do Cinema Italiano – com design de Clara Barbacini e fotografia de Joana Linda – tem como base inúmeros gestos utilizados por italianos com o objetivo de dar a conhecer o seu significado e convidar o público para o festival. Um conjunto de gestos de mãos tipicamente italianos feitos por não italianos, onde, neste caso, os protagonistas são os atores portugueses Ana Valentim e Diogo Bento. Algo que o festival também representa: Itália em Portugal ou Itália fora de Itália.
Os italianos são exímios em dizer, apenas com gestos, que estão contentes, aborrecidos, exaltados, com fome, que não percebem alguma coisa, que algo está perfeito, que um local está cheio de gente, que querem spaghetti ou perguntar “o que se passa?”, entre muitos outros. É com base nesta ideia que a 11ª Festa do Cinema Italiano constrói um vocabulário que dará a conhecer alguns códigos, mostra que “um gesto vale mais do que mil palavras” e que podemos comunicar com uma maior liberdade de expressão, mais universal e acessível, onde não existem barreiras linguísticas. Na Festa do Cinema Italiano, para além de cultura e filmes italianos, cada um pode ficar a saber mais sobre Itália, libertando, ao mesmo tempo, o italiano que há em si.
Este ano, a Festa do Cinema Italiano prestará homenagem a Marco Ferreri (1928-1997), um dos grandes nomes do cinema italiano. Numa altura em que são assinalados 20 anos após o seu desaparecimento, a Festa do Cinema Italiano – em colaboração com a Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema – exibe filmes deste realizador, integrados na secção Amarcord, dedicada aos grandes clássicos de Itália. Sem seguir tradições, cómico e um autor contra as normas estabelecidas, Marco Ferreri tem uma obra onde proliferam o humor negro, o surrealismo subversivo e uma crítica ácida à sociedade. Entre os filmes a exibir há, por exemplo, o polémico e premiado "La grande abbuffata" (A Grande Farra), de 1973, uma dura crítica à sociedade de consumo, distinguido no festival de Cannes, com o prémio da crítica internacional, "El cochecito" (A Motoreta), de 1960, uma comédia negra, alvo da censura espanhola que se tornou um filme de culto, "Dillinger è morto" (Dillinger Morreu), de 1969, que marcou a mudança definitiva do realizador para o género mais satírico e libertário e, entre outros, "Ciao maschio" (Adeus Macho), primeiro filme do realizador em língua inglesa, em 1978, que se passa em Nova Iorque e onde o protagonista é o francês Gérard Depardieu.
Todos os portugueses, todos os italianos e não italianos estão convidados a viver Itália, o seu cinema, a sua cultura, a sua gastronomia, a sua linguagem oral e gestual durante o período do festival. Pelo menos, durante uns dias, #somostodositalianos. Não perca!
Todos os portugueses, todos os italianos e não italianos estão convidados a viver Itália, o seu cinema, a sua cultura, a sua gastronomia, a sua linguagem oral e gestual durante o período do festival. Pelo menos, durante uns dias, #somostodositalianos. Não perca!
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