Crítica - Gringo (2018)

Realizado por  Nash Edgerton
Com Charlize Theron, David Oyelowo, Joel Edgerton

Para quem desconhecia, o ator Joel Edgerton também tem um irmão que trabalha na industria cinematográfica e esse irmão é Nash Edgerton, o diretor deste "Gringo", uma sintética comédia de ação que, como principal atrativo, apresenta um elenco repleto de estrelas.. Embora seja muito menos conhecido que o seu irmão Joel, Nash Edgerton tem um currículo vasto em Hollywood e no Cinema Australiano. Antes de realizar a sua primeira longa metragem em 2008, Nash participou em vários filmes como duplo, ator e produtor. 
Em 2008 estreou-se portanto como realizador com o razoável thriller "The Square" e, desde então, teve outras experiências menos mediáticas neste cargo, mas agora em 2018 regressou ao palco central de Hollywood com o lançamento deste projeto que, de certa forma, representa a sua primeira grande produção/aposta em Hollywood. E, de facto, "Gringo" tinha, à partida, todo o ar de ser uma grande produção com potencial, pelo menos se olhássemos só para o seu elenco de estrelas  que é composto, como é óbvio, por Joel Edgerton, mas também por outras estrelas de topo, como  Charlize Theron, David Oyelowo, Amanda Seyfried, Thandie Newton e Sharlto Copley,
Pese embora este elenco de luxo que se assume, desde logo, como um dos seus principais atractivos, "Gringo" pouco mais tem para oferecer e acabou por desiludir. Teve direito a uma grande distribuição nos Estados Unidos, mas foi um flop completo nas bilheteiras e, infelizmente, é fácil de compreender porque. 
Os esforços do seu elenco são insuficientes para salvar uma narrativa muito básica e com evidentes erros de coerência que, infelizmente, produz muito menos momentos de humor do que aqueles que se poderiam esperar pela sua sinopse extravagante. Também a ação é bastante mediana e, embora mais presente que o humor, acaba por não conseguir o destaque necessário para elevar e dinamizar este projeto. 
Tudo isto junto produz um enredo que se torna progressivamente mais aborrecido e descomedido. Ressalva-se no entanto mais uma excelente interpretação de Charlize Theron que, perante um filme simples, consegue realçar todo o seu brilho e talento numa personagem muito curiosa que, graças à sua performance, torna-se num dos elementos mais atractivos do filme. Também David Oyelowo convence minimamente no papel do "bom funcionário" Harold Soyinka que, após uma experiência traumática no México, descobre que ser um cidadão respeitoso nem sempre corresponde a ser um homem passivo e justo.

Classificação - 2 Estrelas em 5

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