Crítica - Goodbye Christopher Robin (2017)

Realizado por Simon Curtis
Com Margot Robbie, Domhnall Gleeson, Kelly Macdonald

 As expectativas eram elevadas, tão elevadas que se esperava que "Goodbye Christopher Robin" chegasse aos Óscares, mas o que é certo é que esta cinebiografia de A.A. Milne, o criador dos livros do Ursinho Pooh, ficou mais próximo dos Razzies do que dos Óscares. É claro que esta afirmação é um manifesto exagero, porque apesar das suas falhas, "Goodbye Christopher Robin" revela-se um drama competente que explora um ponto de vista histórico e dramático muito curioso em relação à vida e carreira de Milne. O problema é que, pese embora a excelente base do argumento e o apelo da história real, "Goodbye Christopher Robin" apresenta um argumento deficitário em muitos aspectos que não é elevado por uma direção pouco inspirada ou por elementos técnicos de qualidade acima da média. 
Esta surpreendente banalidade do argumento, da direção e dos restantes departamentos técnicos acabou por conduzir a um parco rendimento emocional e a um resultado final pouco produtivo, já que ao não conseguir conectar-se com o espectador, "Goodbye Christopher Robin" perde desde logo aquilo que o poderia tornar um grande filme, ou seja, a ligação emocional e dramática com o público. Embora estruturalmente e historicamente o enredo faça sentido, acaba por se revelar vazio do ponto de vista emocional e dramático. A relação entre Milne e a sua Família, nomeadamente com o seu filho Robin, ou a forma como Milne encara a 2ª Guerra Mundial, acabam por não ser abordados com a força e o sentimento desejados. O resultado é um curioso retrato cinebiográfico que nos permite conhecer um pouco mais sobre a história concreta de Milne, mas que infelizmente não nos permite, de todo, desenvolver uma ligação afetiva e emocional com a sua vida, com os seus desafios ou com o processo criativo que levou ao nascimento do Ursinho Pooh.

Classificação - 2,5 Estrelas em 5

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