Com Margot Robbie, Domhnall Gleeson, Kelly Macdonald
As expectativas eram elevadas, tão elevadas que se esperava que "Goodbye Christopher Robin" chegasse aos Óscares, mas o que é certo é que esta cinebiografia de A.A. Milne, o criador dos livros do Ursinho Pooh, ficou mais próximo dos Razzies do que dos Óscares. É claro que esta afirmação é um manifesto exagero, porque apesar das suas falhas, "Goodbye Christopher Robin" revela-se um drama competente que explora um ponto de vista histórico e dramático muito curioso em relação à vida e carreira de Milne. O problema é que, pese embora a excelente base do argumento e o apelo da história real, "Goodbye Christopher Robin" apresenta um argumento deficitário em muitos aspectos que não é elevado por uma direção pouco inspirada ou por elementos técnicos de qualidade acima da média.
Esta surpreendente banalidade do argumento, da direção e dos restantes departamentos técnicos acabou por conduzir a um parco rendimento emocional e a um resultado final pouco produtivo, já que ao não conseguir conectar-se com o espectador, "Goodbye Christopher Robin" perde desde logo aquilo que o poderia tornar um grande filme, ou seja, a ligação emocional e dramática com o público. Embora estruturalmente e historicamente o enredo faça sentido, acaba por se revelar vazio do ponto de vista emocional e dramático. A relação entre Milne e a sua Família, nomeadamente com o seu filho Robin, ou a forma como Milne encara a 2ª Guerra Mundial, acabam por não ser abordados com a força e o sentimento desejados. O resultado é um curioso retrato cinebiográfico que nos permite conhecer um pouco mais sobre a história concreta de Milne, mas que infelizmente não nos permite, de todo, desenvolver uma ligação afetiva e emocional com a sua vida, com os seus desafios ou com o processo criativo que levou ao nascimento do Ursinho Pooh.
Classificação - 2,5 Estrelas em 5
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