Realizado por William Brent Bell
Com Lauren Cohan, James Russell, Rupert Evans
À primeira vista, não
parece haver dúvidas que os responsáveis por “The Boy” tentaram colar o filme à
formula de relativo sucesso do franchise “Chuckie” ou do filme de terror “Annabele”,
dois exemplos onde Bonecos já de si assustadores assumem o papel de vilões numa
história de terror com contornos paranormais.
Também nesta obra parecia que um Boneco arrepiante ia ser a
grande estrela de uma trama de teor paranormal protagonizada por Greta, uma
jovem ama que, para ganhar algum dinheiro, aceita um trabalho aparentemente simples
de ama numa remota aldeia inglesa. No entanto,
Greta acaba por ser surpreendida pela complexidade do trabalho quando descobre que
a criança de oito anos de quem deveria cuidar é, na verdade, um boneco em
tamanho real que os pais tratam como substituto do seu filho morto há vinte
anos. Escusado será dizer que mal Greta se instala na casa, vários fenómenos
estranhos começam a ocorrer a seu redor e a jovem começa a acreditar que o boneco está vivo e que a
quer matar.
Como se compreende esta premissa parecia indicar que estaríamos
perante um filme do género de “Annabele”, mas o que é certo é que há uma
reviravolta no final que acaba por aproximar mais esta obra de uma entrega de “Halloween”
do que propriamente de uma entrega de “Chuckie”. Neste ponto, “The Boy “acaba
por conseguir enganar o espectador, mas esta é mesmo a única ilusão positiva
que lhe propicia. Isto porque toda a construção da trama, quer do aparente
ponto de vista paranormal, quer posteriormente sob o ponto de vista mais
sanguinário, desilude. São poucos os elementos de suspense e o próprio twist
final, que poderia ser o grande trunfo, falha em conquistar a atenção devida
porque é muito mal apresentado e apoiado por um enredo parco em contexto,
suspense e terror.
Pese embora a esforçada performance de Lauren Cohan que
se notabilizou na série “The Walking Dead”, “The Boy” desilude e falha em
singrar como um competente filme de terror, tenha ele ou não influências
paranormais.
Classificação - 1,5 Estrelas em 5
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