Crítica - Ana, Mon Amour (2017)

Realizado por Calin Peter Netzer
Com Diana Cavallioti, Mircea Postelnicu

Vindo da Roménia e após ter sido selecionado para o Festival de Berlim, “Ana, Mon Amour” chega às salas portuguesas com uma distribuição limitada, mas com muito para oferecer aos espectadores nacionais. Tal como todos os grandes filmes do cinema romeno moderno, “Ana, Mon Amour” não é um filme fácil de ver ou absorver. É, antes de mais, uma obra muito longa e por vezes muito parada e, por isso, só o aconselho vivamente a quem aprecia filmes de autor ou conheça minimamente o estilo do cinema romeno. 
A sua história explora o conturbado relacionamento, do início até ao fim, de um jovem casal que, no papel, para ser o par ideal, mas que com o passar do tempo vão-se fragmentado. No fundo, “Ana, Mon Amour” explora o progressivo fraturamento deste relacionamento e segue de perto, entre saltos para a frente e para trás, o evoluir de uma relação condenada à partida. O enredo explora tal evolução de forma muito competente e pormenorizada, tanto é que o filme demora duas horas a explorar a fundo os altos e baixos desta relação que, curiosamente, é até mais problemática no início que no final! 
A liderar um elenco positivo estão os atores principais Mircea Postelnicu e Diana Cavallioti que promovem uma interpretação muito naturalista e, embora não tenham uma performance sublime, conseguem vender na perfeição a relação das suas personagens. É um bom filme, mas reforço que só é aconselhável para quem esteja preparado para enfrentar um filme que não é, de todo, para as massas.

Classificação - 3,5 Estrelas em 5

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