Crítica - Beautiful Boy (2018)

Realizado por Felix Van Groeningen
Com Steve Carell, Amy Ryan, Timothée Chalamet

Baseado num best-seller literário muito popular nos Estados Unidos da América, “Beautiful Boy” pega numa história real para abordar o complexo problema de dependências de drogas. O tema é forte, a história real é intensa e as intenções eram as melhores, mas embora tenha o seu valor não estamos perante aquilo a que se chama de “filmaço”. 
O livro em que é baseado explora o amor inabalável de uma família e do seu compromisso perante a luta contra o vício de estupefacientes do filho mais velho e das suas sucessivas tentativas de reabilitação. Esta é a história real do jornalista David Sheff e dos tormentos que passou com o seu filho Nic, história essa que felizmente não teve um desfecho trágico como tantas outras. Embora tenha por esta razão um impacto real muito interessante e seja uma história dramática por si só, acaba aqui por ser retratada com uma surpreendente insipídez emocional e sem qualquer valor dramático. 
Só o talento colectivo e individual do seu poderoso elenco é que, no fundo, impediu que “Beautiful Boy” se tornasse num desastre dramático mais evidente. Todos os seus protagonistas, mas sobretudo Timothée Chalamet e Steve Carel, apresentam-se a um grande nível e conseguem levar às costas um argumento medíocre, acabando assim por disfarçar muitas das gigantes falências do mesmo. É fácil de compreender que o que este filme realmente precisava era de um argumento de luxo e, infelizmente, neste aspeto ficou muito aquém do nível desejado, ficando a léguas da qualidade de escrita do livro, por exemplo. Também é verdade que, como principal comandante do filme, Felix Van Groeningen também não conseguiu pegar numa história tão impactante e criar um grande filme, porque no fundo não soube superar as falências de vários departamentos nucleares do filme nem lhe soube incutir um poderoso cunho dramático.

Classificação - 2,5 Estrelas em 5

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