Crítica - Sollers Point (2018)

Realizado por Matthew Porterfield
Com McCaul Lombardi, Jim Belushi

Seleção oficial dos festivais de San Sebastian, Chicago, Filadélfia, Buenos Aires e Estocolmo, “Sollers Point” arrancou aplausos por todos os lados por onde passou e, embora tenha sido alvo de pouco carinho ou atenção por parte da imprensa norte-americana, certo é que há algumas mais valias nesta obra indie. 
Isto porque estamos perante um projeto tipicamente independente, mas com bons valores de produção que apoiam uma história bem contada. Esta segue Keith (McCaul Lombardi), um jovem que está sob prisão domiciliar em Baltimore, mais concretamente na casa do seu rígido pai, Carol (Jim Belushi). A sua adaptação à sua nova realidade não é fácil e, embora tente reerguer a sua vida, as coisas acabam por não lhe correr como o previsto. 
Como se percebe, “Sollers Point” explora os variados problemas e dilemas que ex-presidiários enfrentam quando, pela força da lei, tentam reintegrar-se na sociedade e são confrontados com as tentações da vida criminosa que levaram no passado. É neste contexto que “Sollers Point” explora uma narrativa interessante, mas acima de tudo capaz de prender o espectador aos dramas e dilemas da sua personagem principal: Keith. 
É um filme simples na sua essência, mas é sobretudo bem trabalhado e consegue transmitir adequadamente uma mensagem realista e dramática. O seu protagonista, McCaul Lombardi, entrega também uma performance irrepreensível, algo que nos leva a crer que, se continuar neste caminho, o poderemos ver em breve em produções de maior arcaboiço. Também o veterano Jim Belushi, que não tem brilhado nos últimos tempos, tem aqui uma boa performance de apoio que merece uma menção especial. Mas os valores do filme, como já se disse, vão mais além do seu competente elenco e embora não seja um filme memorável é, ainda assim, uma obra que vale a pena uma visualização.

Classificação - 3 Estrelas em 5

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