Critica - X-Men: Fénix Negra (2019)


Critica - X-Men: Fénix Negra (2019)
Realizado por Simon Kinberg
Com Jennifer Lawrence, Jessica Chastain, James McAvoy, Sophie Turner

É difícil olhar para "X-Men: Dark Phoenix"/ "X-Men: Fénix Negra" (2019) e não ver um fim de ciclo. Este foi o último filme "X-Men" produzido independentemente pela 20th Century Fox (agora propriedade da Disney) e, por isso, representa o ponto final do longo franchise iniciado por "X-Men" em 2000 e que teve, ao todo, 12 Filmes, incluindo as spin-offs de Wolverine ou Deadpool. É certo que para 2020 está planeada a estreia de "New Mutants", mais uma spin-off deste Universo, também produzida pela Fox, mas o conceito deste projeto é completamente diferente, tanto é que a Disney não deposita grande fé no projeto. 
Sob a batura da Disney, que como se sabe também é a dona da Marvel, espera-se que a Saga continue nos cinemas, mas em outros moldes. Tudo aponta para que os X-Men ganhem uma nova vida e que façam parte do grande Universo Marvel construindo pela Disney, entrando assim na nova Fase dos Filmes Marvel que visa suceder à Fase Vingadores. Este é portanto um filme de despedidas e não só para o ciclo narrativo do Universo, mas também para algumas personagens e atores que as interpretaram. Se Hugh Jackman já se tinha despedido em "Logan", agora é a vez de  Jennifer Lawrence, James McAvoy e Michael Fassbender deixarem o franchise, mas de formas diferentes claro está. Mesmo a continuidade dos atores que recentemente se juntaram à saga, como Sopie Turner, não está segura para futuras entregas, já que é bem provável que a Disney vá renovar e redesenhar todo o Universo. Mas de qualquer forma a ideia que fica é que "X-Men : Fénix Negra" é mesmo um filme de despedida.


Critica - X-Men: Fénix Negra (2019)



A questão que se colocar é saber se estamos perante uma boa despedida. E a resposta, infelizmente, é negativa. Se comprarmos com o ilustre passado da saga, que inclui sucessos comerciais e críticos como "X-Men: First Class" ou "Logan" , este derradeiro capítulo denota uma quebra clara de rendimento que já se tinha notado em "X-Men: Apocalypse" (2016). "X-Men : Fénix Negra"  transporta-nos para o nível de qualidade dos primórdios da saga, onde o hype era qual mas não se traduzia numa qualidade acima da média. Também aqui houve e há muito hype em redor das lutas entre Mutantes e os desenvolvimentos das suas Storylines, mas faltou um fio condutor de qualidade que conectasse tudo e tornasse o enredo bem mais interessante. 
Tudo se pode resumir a um enredo algo disperso e com pressa em atar todas as pontas soltas para uma despedida já anunciada, onde a preocupação em cimentar bases futuras ou de contextualizar eventos foi claramente ignorada. É por isso que as despedidas de alguns Mutantes parecem apressadas e parcas em emoções ou que os vilões deste capítulo sejam de péssima qualidade, mas o que se revela, acima de tudo, é que a storyline da Fénix/ Jean Grey é explorada demasiado a correr e culmina num final sem sentido. 
Mesmo as sequências de batalha e ação, que podiam ser a salvação do projeto, são insípidas. Em 2000 até se poderia vibrar com as mesmas, mas a saga "X-Men" já apresentou bem melhor e, perante o legado de "Os Vingadores", esperava-se uma maior explosão nesta componente. Embora técnicamente seja competente (as sequências no espaço são muito apelativas), certo é que está longe (bem longe) de arrasar e de corresponder ao que se tem feito em Hollywood no campo dos Filmes de Super-Heróis. 
Por último não se pode deixar de falar do elenco estrelar, onde nomes como Jennifer Lawrence, James McAvoy e Michael Fassbender têm o pior desempenho de todo o franchise, mostrando que, também eles, já entraram em modo de despedida. Um ponto negativo é também Jessica Chastain que, por norma, apresenta-se a níveis de excelência, mas que aqui assume um dos piores vilões de todo o Universo Cinematográfico da Marvel, superando até o terrível Electro (Jaime Foxx) de "The Amazing Spider-Man 2".  A salvação do elenco é a jovem Sophie Turner que, entre o mediano, conseguiu brilhar, mas ainda não tanto como em "Game of Thrones". Não é ainda certo que não a veremos interpretar Jean Grey em filmes futuros, mas pelo menos deixa aqui uma imagem final bem interessante. Mas já não se pode dizer o mesmo do filme, impedindo este Universo criado pela 20th Century Fox de terminar com chave de ouro.

Classificação - 2 Estrelas em 5

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