Crítica - Toc Toc (2017)

Crítica - Toc Toc (2017)

Realizado por Vicente Villanueva
Com Paco León, Alexandra Jiménez, Rossy de Palma

Sem enveredar pelas complexidades humanas inerentes às doenças mentais relacionadas com o transtorno obsessivo-compulsivo, "Toc Toc" usa o humor e a descontracção para as colocar em perspectiva e para montar uma narrativa que, embora simples, consegue cumprir o principal objetivo do filme: entreter.
Não é um filme com múltiplas camadas, mas é um projeto bem montado e criativo que, ao contrário do que se poderia pensar, não se aproveita do transtorno obsessivo-compulsivo para gozar com as peculiaridades da doença nem as usa para promover um entretenimento barato, muito pelo contrário. O que faz é puxar pela sua singularidade para criar um ambiente descontraído que, sem entrar por caminhos científicos ou morais, consegue colocar em contexto os comportamentos, as dificuldades e as atitudes relacionadas com estes transtornos. 
É claro que "Toc Toc" está longe de ser um filme preso ao conceito médico do seu tema central, porque afinal de contas estamos perante uma comédia, mas certo é que os seus criadores conseguiram pegar num tema delicado e conseguiram rentabilizá-lo sem cair na ignorância, no humor barato ou no gozo malicioso.

Classificação - 3 Estrelas em 5

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