Crítica - Cyrano (2022)

Crítica - Cyrano (2022)

Realizado Joe Wright

Com Peter Dinklage, Haley Bennett, Kelvin Harrison Jr.


Baseado na famosa peça de 1897 do poeta francês Edmond Rostand, "Cyrano" conta a história de Cyrano de Bergerac, um homem à frente do seu tempo que deslumbra tanto com os seus ferozes jogos de palavras em disputas verbais,como com a sua esgrima formidável em duelos. Mas, convencido de que a sua aparência o torna indigno do amor de uma fiel amiga -a resplandecente Roxanne - Cyrano não lhe declara os seus sentimentos e Roxanne apaixona-se à primeira vista por Christian, começando assim um estranho triângulo amoroso.

Pode não saber, mas Cyrano de Bergerac foi uma pessoa real e viveu entre 1619 e 1655 em França. É claro que a sua história foi embelezada e dramatizada por Rostand na sua peça de teatro, mas há traços reais no seu relato, como o estilo de vida libertino e idealista de Bergerac. A obra de Rostand já foi inúmeras vezes adaptadas ao cinema, teatro e televisão, tendo até já dado origem a produções de ballet. Esta nova versão dá, precisamente, um twist mais musical à história de Cyrano de Bergerac.

Realizado por Joe Wirght, que nos apresenta esta obra após o fracasso de "The Woman in the Window", "Cyrano" confere uma certa frescura a uma história já clássica e, ao adaptá-la ao estilo musical, acaba por a tornar bem mais ritmada e envolvente. As sequências musicais são bem orquestradas e as canções acabam por funcionar perante o cenário montado. Dito isto, "Cyrano" não é um musical de luxo. Tem os seus momentos é certo, mas o romance central acaba por pecar por uma certa irregularidade e pela ausência de pujança dramática tão característica da obra clássica e que, por exemplo,é mais evidente na adaptação francesa protagonizada por Gérard Depardieu.


Crítica - 3,5 Estrelas em 5

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