Crítica - Uma Boa Pessoa (2023)

 

Crítica - Uma Boa Pessoa (2023)

Realizado por Zach Braff 
Com Florence Pugh, Morgan Freeman, Celeste O'Connor


Lançado esta semana em Portugal, "Uma Boa Pessoa" | "A Good Person" recebeu críticas medianas em Portugal, não conseguindo assim cumprir o hype que estava a ser criado com esta produção que marca o regresso de Zach Braff à realização. Protagonizado por Morgan Freeman e Florence Pugh, "Uma Boa Pessoa" abriu com apenas 50% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes e não teve muito sucesso nas bilheteiras também. 
Neste drama seguimos Allison e Daniel, duas almas que partilham a mesma perda trágica. O carro que Allison conduzia sofreu um acidente fatal, no qual morreram todos os outros passageiros (a filha e o genro de Daniel e os futuros sogros da filha). Um ano após o acidente, Allison encontra-se gravemente deprimida. Afastou-se do seu ex-noivo, Nathan (filho de Daniel) e desenvolveu uma adição aos opiáceos receitados pelo seu médico para atordoar a vergonha que sente. Daniel também luta por se manter sóbrio, enquanto sozinho tenta criar Ryan, a sua rebelde neta adolescente, agora órfã. Os dois acabam por se encontrar e, contra todas as expectativas, formam uma amizade que desperta a compaixão e o perdão necessários para ultrapassarem o seu sentimento de culpa e encontrarem a liberdade.
O regresso de  Zach Braff  à direção não foi de facto o mais feliz. Já a comédia "Going in Style" em 2017 ficou muito áquem daquela que permanece até hoje como a sua grande obra.  Falamos claro de "Garden State", uma espécie de dramédia existencial que foi também o seu filme de estreia como cineasta e que parecia augurar um futuro mais promissor na realização para a grande estrela da sitcom "Scrubs - Médicos Estagiários". Braff tentou recuperar um pouco dessa magia indie com "Uma Boa Pessoa", mas no final este revela-se um drama bastante básico que manipula sem grande convicção as emoções e a narrativa para forçar o sentimento e o melodramatismo. É certo que a génese da narrativa é boa...mas toda a desconstrução da jornada pelo perdão e pela aceitação de ambos os protagonistas é desnecessariamente exaustiva. 

Classificação - 1,5 Estrelas em 5

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