Crítica - A Menina da Comunhão (2023)


Realizado por Víctor Garcia
Com Carla Campra, Aina Quiñones, Marc Soler

"A Menina da Comunhão", realizado pelo cineasta espanhol Víctor García, conta-nos a história de Sara, uma adolescente que acabou de se mudar para uma pequena cidade na província de Tarragona, onde tenta adaptar-se a um ambiente marcado pela religiosidade opressiva e pelas normas sociais rígidas.
O filme começa de forma promissora, com uma recriação convincente da época que capta bem a atmosfera da vida numa pequena cidade espanhola. Esta ambientação serve como um cenário eficaz para a história de Sara, que, após uma noite de excessos com a sua amiga Rebe, se depara com uma estranha rapariga vestida de branco, pronta para a sua primeira comunhão. É a partir desse encontro que o terror começa a ganhar forma, com Sara a ser gradualmente envolvida por uma série de eventos perturbadores.
Embora o filme consiga criar uma sensação inicial de tensão, os momentos de susto acabam por ser previsíveis e pouco eficazes. A infecção que começa a espalhar-se pelo braço de Sara e as visões horríveis que ela experimenta, embora inquietantes, acabam por ser representadas de forma demasiado óbvia, sem o subtileza necessária para criar um verdadeiro sentimento de pavor. Em suma, "A Menina da Comunhão" tem uma boa premissa e uma construção de ambiente sólida, mas falha em entregar o terror prometido, deixando a sensação de que o filme poderia ter ido mais longe na exploração dos seus temas e na criação de uma verdadeira atmosfera de horror.

Classificação - 2,5 Estrelas em 5

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