Crítica - Testament (2023)

 Realizado por Denys Arcand


Filme de abertura do Fantasporto 2024, "Testament" ou "Parece Que Estou a Mais" é o novo filme do conceituado cineasta canadiano Denys Arcand e conta a história de Jean-Michel, um solteirão de 73 anos, que vive numa casa de repouso gerida por Suzanne. A calma das suas vidas é perturbada quando um grupo de jovens activistas políticos se instalam no jardim da instituição exigindo a remoção de um antigo fresco ilustrando a receção de europeus pelos nativos americanos. Enquanto Jean-Michel se questiona sobre o mundo dominado pelo politicamente correto e sobre os seus próprios valores, aproxima-se aos poucos de Suzanne começando a nutrir por ela sentimentos que não esperava.

Após um interregno laboral significativo, Arcand regressou com esta espécie de dramédia que, embora tenha ideias curiosas e uma narrativa cuidada, não se aproxima, por exemplo, do nível mais elaborado de "Les invasions barbares", aquele que é, provavelmente, o seu filme mais aclamado e conceituado. Talvez devido ao seu ritmo demasiado lento ou uma intenção dramática irrefletida, "Testament" acaba por não cumprir aquilo que parecia prometer, ou seja, destacar-se como uma obra irreverente e dinâmica capaz de agarrar o espectador. 



Classificação - 2,5 Estrelas em 5

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