Crítica - Vermin - A Praga (2023)

Realizado por Sébastien Vanicek


Na década de 90, o clássico de culto de terror "Aracnofobia" criou ou reforçou em milhares de pessoas uma fobia em relação a aranhas. Passados mais de trinta anos desde a sua estreia, esta obra de Frank Marshall é ainda hoje vista como um clássico do terror no subgénero animal e um real pesadelo para quem sofre de aracnofobia, provando assim a grande magistralidade desta obra que elevou para sempre o nível de filmes de terror relacionados com uma fobia específica. 

Provavelmente inspirado nesta obra clássica de Frank Marshall, Sébastien Vanicek lançou em 2023 o muito elogiado "Vermin - A Praga", a sua primeira longa-metragem que claramente nos faz desejar ver mais trabalhos deste jovem cineasta francês num futuro próximo. Embora menos significativo culturalmente que a obra de 1990 (como é óbvio), "Vermin - A Praga" desperta fantasmas e fobias do passado ao mergulhar-nos numa trama repleta de suspense onde as aranhas assumem o papel de vilão. É verdade que tal como "Jaws" foi injusto para os tubarões, também "Aracnofobia" e este "Vermin - A Praga" é injusto para as aranhas, mas não podemos negar que devido à perceção social que existe das aranhas, estas acabam por dar excelentes vilões que são dignos dos nossos maiores pesadelos. 

Embora exacerbada para criar o máximo terror possível, a sua trama monta uma teia de suspense, medo e constante fobia que claramente nos faz não recomendar este projeto a quem efetivamente sofre de aracnofobia. Neste ponto, "Vermin - A Praga" é bem mais graficamente violento que a obra de 1990 que, como se lembram, apostava mais na tensão e no súbito para desenvolver as sequências de maior impacto. Já aqui há uma maior presença das aranhas e um maior foco no terror gráfico. E tudo começa quando Kaleb, jovem fascinado por animais exóticos, encontra uma aranha venenosa num bazar e leva-a para casa. Mas, basta apenas um momento para esta escapar e reproduzir-se, transformando todo o prédio numa terrível teia armadilhada. 

É verdade que por vezes entra por caminhos do absurdo na sua tentativa de levar o terror mais além, mas no final do dia, "Vermin - A Praga" é uma excelente obra independente que mostra o potencial do cinema francês no mundo do terror. A ver vamos o que o futuro reserva para Sébastien Vanicek.


Classificação - 3,5 Estrelas em 5

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