Crítica - Haunting of the Queen Mary (2023)

Realizado por Gary Shore

Com Alice Eve, Joel Fry, Lenny Rush


"Haunting of the Queen Mary" é um exemplo clássico de como uma boa ideia pode naufragar por conta de uma pobre execução. É verdade que está longe de ser um péssimo exemplo do género, já que proporciona alguns momentos interessantes, mas falha na hora de entregar a profundidade e o terror que a sua premissa sugere. Esta centra-se em Erin e Patrick, dois fotógrafos que, juntamente com seu jovem filho Lukas, sobem a bordo do navio Queen Marie e, assim, desencadeiam uma série de acontecimentos que entrelaça a sua família com o passado sinistro do navio. 

Realizado por Gary Shore, "Haunting of the Queen Mary" tenta transformar a lenda do navio mais assombrado do mundo numa experiência cinematográfica de terror. O filme conta com um elenco notável, incluindo Alice Eve, Joel Fry, Lenny Rush, Angus Wright e Dorian Lough mas, apesar do seu potencial, a execução deixa muito a desejar. Embora tenha uma premissa intrigante, nunca consegue entregar o terror prometido. A narrativa é lenta e os sustos são previsíveis, resultando assim numa experiência que parece mais longa do que o que efetivamente é...e isto nunca é bom sinal num filme, sobretudo no mundo do terror.

Há que louvar a tentativa de Shore em integrar histórias reais das alegadas assombrações do navio, mas até isso se perde numa narrativa que muitas vezes parece desarticulada e confusa. A sensação geral é a de um potencial desperdiçado, onde a riqueza histórica e o ambiente natural do Queen Mary poderiam ter sido melhor explorados e é por isso que, no final, esta obra nos deixa com uma sensação de frustração. A promessa de um filme de terror verdadeiramente assustador, ambientado num dos navios mais icónicos e supostamente assombrados do mundo, transforma-se assim numa experiência morosa e numa sensação agridoce devido ao desperdício de uma oportunidade de ouro.


Classificação - 2 Estrelas em 5


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