Crítica - The Lego Movie (2014)

Realizado por Phil Lord 
Com Chris Pratt, Will Ferrell, Elizabeth Banks

Já se esperava algo de extraordinário desta adaptação cinematográfica dos populares brinquedos LEGO e, para ser franco, o resultado com que somos presenteados fica bem dentro dessa expetativa francamente positiva, já que “The Lego Movie” é um poderoso deleite visual e narrativo para os espetadores, sejam eles crianças irrequietas cheias de imaginação, ou adultos experientes e bem habituados aos brinquedos que estão na base deste projeto, cuja trama é protagonizada por Emmet, uma figura anónima, absolutamente escrupulosa e mediana do Universo LEGO, que é confundida não só como alguém absolutamente especial e extraordinário, mas também como a chave para a salvação do mundo, vendo-se recrutada para uma aliança de estranhos, conhecidos como "Os Construtores", numa grande aventura para impedir o terrível opressor da LEGO de colar todo o universo.

   

A primeira coisa que salta à vista em “The Lego Movie” é a sua vibrante e colorida componente visual, que faz justiça ao espírito do Universo LEGO, cujos produtos sempre se destacaram por ter uma inerente diversão que sempre conferiu uma magia bem particular a estes brinquedos, que são portanto perfeitamente representados, de um ponto de vista técnico, por esta mega-produção, que beneficia das mais recentes tecnologias computorizadas para criar um mundo perfeito de imaginação bem pitoresca, que se enquadra portanto sem qualquer problema nas exigências criativas e folionas do popular franchise de brinquedos de montar. A imponência visual deste filme é portanto um dos seus principais pontos fortes, mas “The Lego Movie” não se fica por aqui e acompanha esta soberba componente técnica com um enredo imensamente divertido.

   

O seu argumento leva-nos portanto para o epicentro de um universo repleto de fantasia e diversão, onde se desenrola uma grande aventura surpreendentemente cativante e madura apinhada de breves mas divertidas referências culturais, que se tornam rapidamente num dos pontos mais apelativos para os espetadores mais velhos, que deverão retirar uma boa dose de entretenimento desses pequenos momentos que foram incluídos em exclusivo para o seu prazer, já que os mais novos dificilmente compreenderão muitas dessas referências, exceção feita àquelas que apelam ao imaginário dos heróis do cinema ou da banda desenhada. Já a aventura de Emmet tem muitas características infantis, mas é ainda assim muito curiosa e animada, sendo inocente o suficiente para cativar os mais novos, já que se foca nas já básicas noções de bem contra o mal e do herói improvável contra o vilão possante, mas é também um tanto ao quanto adulta na hora de desenvolver os dilemas e os avanços da batalha do herói e seus aliados contra o mal. É claro que este guião beneficia em parte do mediatismo e da fartura cultural do Universo LEGO, mas há que dar crédito aos seus criadores por terem montado uma intriga tão apelativa e mágica como esta, que é destemida, divertida e alucinante para o grande público de diversas faixas etárias, sendo portanto um daqueles filmes de animação que, pese embora tenha a pequenada como o seu público infantil, conseguirá ainda apelar ao entretenimento dos seus pais e claro de todos os apreciadores dos famosos brinquedos criados por Ole Kirk Christiansen nos Anos 50.

Classificação - 4 Estrelas em 5

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