Crítica - O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2001)

Realizado por Jean-Pierre Jeunet
Com Audrey Tatou, Mathiew Katsowitz

O filme que nos deu a conhecer Audrey Tatou, o seu olhar magnético e cativante. É nela que o filme se apoia e é dela que extraímos a força deste maravilhoso filme. Arrisco a ser falacioso e a dizer que é o primeiro “feel good movie” do século XXI. O filme é uma fabula parisiense que tem como figura principal Amélie pessoa que vive para tornar o mundo das pessoas que a rodeiam um pouco melhor. Uma figura paladina que tal Zorro ajuda os mais necessitado e pune os injustos. Dito isto parece que estamos a falar do ultimo filme de Chuck Norris ou do malogrado Charles Bronson… mas não, este filme francês é uma autentica bomba de boa disposição.
Uma comedia romântica que vive para os seus personagens bizarramente deliciosos que fazem deste Amélie uma autentica iguaria que urge a ser consumida. Tudo começa no dia da morte da princesa Diana, Amélie descobre uma pequena caixa com recordações de infância de alguém que as lá deixou. Então Amélie inicia uma busca ao dono, dependendo da sua reacção, Amélie tomará uma de duas opções: 1- Ajudar a tornar a vida do próximo um pouco melhor através de pequenas acções, ou no caso de este ficar indiferente ao material encontrado. 2- Continuar a sua vida normalmente como tem feito até então. A partir daqui é um manancial de situações que não deixam o espectador indiferente e só levam a uma reacção: sorrir. Os detractores do filme enunciaram o seu fulgor ultra romântico, como uma visão hiperbólica da realidade. Será que faz sentido enunciar essa critica como valida? Uma história que serve o próprio onirismo da personagem principal que por sinal tem uma visão algo romântica da realidade, ao ver o mundo pelos olhos de Amelie não será justo ter uma visão romântica da mesma?
Os aspectos técnicos do filme são irrepreensíveis. Talvez por isso que este pequeno grande filme tenha ganho reconhecimento, e tenha recebido 5 nomeações para os Óscares. Os efeitos especiais acrescentam um gosto especial ao filme, sem o sobrecarregar, a montagem e a fotografia estão excelentes ao fragmentar o mundo de Amelie num puzzle lógico e transcendental e sobretudo, somos servidos por uma banda sonora altamente contagiante que é como uma segunda protagonista principal do filme, o responsável máximo dessa proeza é Yann Tiersen. Qual será o fabuloso destino de Amélie Poulain? Provavelmente será ficar na memória de quem vê o filme. Estamos perante uma Alice no País das Maravilhas. Sendo o local París, sendo Audrey Tatou, a pequena Alice e a Maravilha este pequeno pedaço de milagre cinematográfico. A ver e a Rever.

Classificação - 4,5 Estrelas Em 5

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4 Comentários

  1. CINEROAD
    http://cineroad.blogspot.com/

    Crítica: Este é um daqueles filmes a que eu chamo com apreço: "delícia". É fabuloso perceber como é possível dizer-se tanto sobre a simplicidade da vida e como as pequenas coisas são importantes. Este filme fá-lo com humor e mestria. Mestria que é a de Jean-Pierre Jeunet, sem dúvida. Mas não só: a fotografia é de Bruno Delbonel e é fantástica, sublime, do mesmo modo que a banda sonora de Yann Tiersen. Resultado: obra-prima.

    CINEROAD
    http://cineroad.blogspot.com/

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  2. Obra-prima, sem dúvida. Já vi este filme umas 10 vezes. É e sempre será o meu filme preferido. A estória, as personagens, a fotografia mas sobretudo a mensagem, são geniais.
    Adoro!

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  3. Parabéns pela crítica: sintética, honesta e real. O filme é exatamente o que você diz.

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  4. Acho que este filme faz pensar sobre as pequenas coisas importantes que temos na vida, e como fazer para cuida-las e valora-las.
    Eu estava tomando amil e melhorei uma semana apos assistir este filme.

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