Crítica - Forgetting Sarah Marshall (2008)

Realizado por Nick Stoller
Com Jason Segel, Kristen Bell, Mila Kunis, Bill Hader, Paul Rudd

Já estreou em Portugal a nova comédia produzida por Judd Apatow, conhecido por ter criado as lucrativas comédias “The 40-Year-Old Virgin”, “Knocked Up” e “SuperBad”. Esta sua nova produção é realizada pelo estreante Nicholas Stoller, um guionista talentoso e amigo de longa data de Apatow. O título desta obra é “Forgetting Sarah Marshall” e pouco ou nada traz de novo ao género, já que estamos perante uma história com algum humor mas muito semelhante à de outros títulos anteriores. No filme somos apresentados a Peter Bretter (Jason Segel), um pobre músico amador que passou seis anos a idolatrar a sua namorada, a estrela de televisão Sarah Marshall (Kristen Bell). Ele sempre foi o típico namorado acanhado e tímido que aparecia nas fotos a segurar na carteira dela e que era também constantemente esquecido nos discursos de agradecimento nas cerimónias de prémios. Subitamente, o seu mundo fica de pernas para o ar quando ela acaba o namoro, e Peter apercebe-se que ficou totalmente só e desamparado. Após alguns encontros mal sucedidos e um esgotamento nervoso no trabalho, ele apercebe-se que a ausência de Sarah pode destruir a sua vida. Para espairecer as ideias, Peter embarca numa impulsiva viagem para Oahu (Hawai), onde é confrontado com o seu pior pesadelo: a sua ex e o seu novo namorado, o rocker britânico Aldous (Russell Brand), estão hospedados no mesmo hotel que ele. Mais uma vez o destino é lhe cruel. Durante os primeiro dias de estadia, Peter fica obcecado por conhecer a nova realidade da sua ex, atormentando-se com a aparente felicidade desta, no entanto, vai desenvolvendo aos poucos uma relação com Rachel (Mila Kunis), uma bonita funcionária do resort cuja postura descontraída é ideal para reconciliar Peter com o mundo.

 

O filme contém vários aspectos indispensáveis num filme idealizado/ produzido por Apatow. Mais uma vez, temos um autêntico falhado como personagem principal, um homem incapaz de resolver os seus problemas pessoais como qualquer pessoa normal. Este tipo de personagem tem vindo a ser cada vez mais utilizado nas comédias de Apatow, mas também em outras obras do género. Se por um lado são personagens engraçadas e personificadoras do lado mais cómico da raça humana, também é verdade que começam a tornar-se cansativas e repetitivas. Outro elemento bastante comum nas comédias, e que não falta em "Forgetting Sarah Marshall", é a presença de uma actriz sensual e fisicamente atractiva, que apenas serve para captar a atenção do público masculino. Mais um cliché do género que infelizmente é cada vez mais repetido nas comédias actuais. Apesar de conter alguns momentos humorísticos de valor, a história deste filme não é muito interessante. É pouco imaginativa e, em certos períodos, bastante aborrecida, não conseguindo portanto prender a atenção do espectador durante muito tempo. O seu enredo contém também demasiados momentos embaraçosos sem piada e várias situações românticas pouco emotivas. O elenco também não convence. As actrizes principais apenas satisfazem pela sua beleza, já que a sua capacidade artística não se revela em nenhum momento. O actor principal, Jason Seagle, demonstra um grande à vontade com o género e com este tipo de personagem, aparecendo portanto ao mesmo nível de filmes anteriores, ou seja, um nível aceitável para o tipo de filme que é. Em suma, ""Forgetting Sarah Marshall" é uma comédia medíocre que se baseia num entretenimento simples capaz de agradar às audiências menos exigentes, mas não duvido que será facilmente esquecida quando uma nova comédia semelhante estrear num futuro próximo.

Classificação - 2 Estrelas Em 5

Enviar um comentário

3 Comentários

  1. Eu quero ver esse filme, nem tanto pela historia, ou por simpatia ao genero. Pretendo ve-lo especialmente por causa do elenco, pelo qual tenho grande simpatia.

    ResponderEliminar
  2. Realmente o Jason Segel como refri está bem, dentro do possivel, o rapaz leva jeito para as comédias e parece ser uma pessoa repleta de bom sentido de humor.

    ResponderEliminar
  3. Gostei deste filme, tanto pelo Jason Segel como JT referiu, mas também pelo Russel Brand, foi engraçado ve-lo um pouco mais a sério do que o habitual. Depois de ver este filme, também me deparei com a faceta de músico do Russel Brand e a sua famosa musica do "inside of you" que se manteve no meu mp3 durante algum tempo.

    JJ

    ResponderEliminar

//]]>