Crítica - The Notebook (2004)

Realizado por Nick Cassavetes
Com James Garner, Gena Rowlands, Joan Allen, Ryan Gosling, Rachel McAdams

Em 2004, chegou às salas de cinema um brilhante drama/romance baseado no livro de sucesso de Nicholas Sparks, “The Notebook”. O filme, com o mesmo título do livro, apareceu-nos com uma etiqueta de cinema independente, mas rapidamente se converteu num sucesso de vendas e num filme de culto romântico, fazendo uma plena homenagem ao livro que encantou milhares de mulheres pelo mundo fora. Com um orçamento baixo, a produção não se pôde dar ao luxo de contar com grandes nomes no elenco nem ter aspectos técnicos de elevada qualidade, logo as suas únicas armas eram o brilhante argumento e a imaginação de um realizador talentoso. A sua história divide-se em dois espaços temporais distintos. O primeiro passa-se no início da década de 40 nos E.U.A, onde acompanhamos dois jovens, Allie (Rachel McAdams) e Noah (Ryan Gosling), que se apaixonam profundamente durante um Verão repleto de emoção e liberdade. O jovem casal rapidamente é separado pelos pais de Alice que insistem que Noah não pertence ao seu mundo. Vários anos mais tarde, eles encontram-se novamente e o amor que sentem inflama-se de novo, forçando Allie a escolher entre o amor e a sua classe social. Décadas mais tarde, um homem já de idade avançada e com notórias debilidades (James Garner) lê de um caderno antigo para uma mulher (Gena Rowlands), que visita regularmente num lar de terceira idade. Embora a memória dela esteja enfraquecida devido à doença que sofre (Alzheimer), pouco a pouco, ela deixa-se envolver pela magia da presença dele e do que ele lhe lê com toda a ternura e emoção. É então que o milagre do amor acontece, algo que a ciência não soube resolver mas que o sentimento mais forte do mundo encontrou uma forma de resolver, nem que seja temporariamente. A forte história de amor de Allie e Noah uniu-os no tempo na doença e até na morte, um brilhante retrato de como o amor pode vencer diversos obstáculos se for devidamente sentido por duas almas.

 

 Admito que o meu forte não são os dramas/ romances, excluindo “Titanic” não houve mais nenhum filme do género que me emocionasse tanto, até hoje, como este ”The NoteBook”. Vi o filme quatro vezes e li o livro duas e sou sempre atingida pela mesma onda de emoção inexplicável, ainda para mais proveniente de uma história de ficção, contudo a forma como o livro foi escrito e a maneira como a história foi brilhantemente transposta para o grande ecrã não dá espaço a qualquer outra emoção que não esteja ligada ao sentimentalismo. Para além da força do amor, outro tema abordado pela história de “The Notebook” é o Alzheimer, uma doença degenerativa que afecta os neurónios cerebrais impedindo que o doente se lembre de diversos aspectos da sua vida e identidade. O filme e o livro tratam esta doença, cada vez mais recorrente na sociedade mundial, de uma forma elegante com uma forte mensagem de esperança - a ciência pode ainda não ter descoberto uma cura, mas às vezes é preciso um pouco de fé e insistência para que um milagre aconteça. Mas não é só o amor e o Alzheimer que são abordados pela história de Noah e Allie, este romance é um completo compêndio de tópicos relevantes que se desenvolvem de forma clara à medida que o enredo se desenvolve.

   

A realização de Nick Cassavetes é soberba. A forma como abordou o romance e as suas aventuras é simplesmente magnífica. As viagens temporais entre a actualidade e o passado estão muito bem construídas, aparecendo na devida altura com a devida emoção. Existem cenas particularmente interessantes, emotivas e bem construídas como o passeio de barco mas nenhuma é tão emocional como a última cena da obra. O elenco liderado por Ryan Gosling e Rachel McAdams é fenomenal, sendo estes dois o claro destaque do filme pela sua interpretação emocional e pela sua enorme química no grande ecrã. “The Notebook” ou “O Diário da Nossa Paixão” é uma excelente produção sobre o amor e o romance, um filme que nos oferece uma história sobre o verdadeiro amor que nos faz chorar e que não se esquece facilmente.

Classificação - 4,5 Estrelas Em 5

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9 Comentários

  1. Concordo plenamente! "The Notebook" é muito mais que um simples filme de romance e namoricos. É uma obra que traz alguma frescura e originalidade ao género do romance e de facto, não se esquece facilmente dada a grandeza e profundidade com que as emoções são retratadas. Foi um filme que me surpreendeu bastante pela positiva.

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  2. Desculpem, originalidade? O quê que o filme trás de original? Para mim nãofoi mais do que uma panoplia de clichês e sentimentalismo de novela. Quando fui ver o filme já tinha ouvido mundos e fundos sobre a historia e no fim foi das maiores desilusões que tive até hoje.

    David M.F

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  3. "The Notebook" é um filme simplesmente tocante, que envolve o espectador num espirito romântico. Surpreendeu-me pela positiva as interpretações de todo o elenco, bem como a passagem deste grande romance de Nicholas Sparks para o grande ecrã!

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  4. Que barbaridades monumentais se dizem para aqui. Nicholas Sparks é dos autores mais mediocres da actualidade. E o filme é absolutamente insuportável, causa verdadeiramente dores de tanto cliché e tanto ridículo que se consegue fazer quando se fala de Amor. não há aqui amor, só o sentimento elevado à condição de meretriz degradante. é incrível como há público a patrocinar o ridículo.

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  5. Claro que o Nicholas Sparks é um autor bastante medíocre em termos de escrita, mas olhando para o filme, é um óptimo filme. Não é que a história seja espectacular, mas a maneira como é interpretada neste filme torna-a especial.

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  6. Eu não me interessa o que os outros acham e tou me lixando para pessoas com falta de sensibilidade, mas o filme está profundamente bem conjugado no tempo, no espaço e no contexto da história. Está absolutamente poderoso....para mim encosta as palavras que nunca te direi a um canto! Lindo este filme e está de parabéns o realizador. Está excelente também o desempenho das personagens! Fantastico!!! Dou a nota 5 estrelas

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  7. Há vários motivos para se dizer que esse filme não é perfeito, talvez pela humildade ,ou qualquer razão pessoal que vocês encontrem. Alguns podem não gostar de Nicholas Sparks ,e associarem a sua grandeza a reação que esse filme causa. Outros podem se desiludir pelos boatos de pessoas que haviam assistido e comentaram coisas que deixam a desejar. Mas esse filme chega a ser maravilhoso além de tudo, porque conseguiu fazer com que você assistisse a partir da comoção dos que participaram dessa encantante história apenas a assistindo. Sei que não tenho muita capacidade para debater com críticos sobre esse filme, porque tenho apenas 14 anos, mas sei que Nicholas Sparks de algum jeito me impressionou, por ter transmitido a história de amor que na verdade todos gostariam de ter,superando o príncipe encantado,por mais que envolva sérias doenças nesse amor. Eu só vim defender o filme que com orgulho cito quando me perguntam sobre o melhor filme que já vi. Não por paparicagem,aliás prefiro gêneros de terror a romances, mas pela reflexão que esse filme causa a uma garota de quase 14 anos todas as repetitivas vezes que o assisto sem mesmo me enjoar. Agradecer,foi minha intenção.
    Barbara Winter

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  8. La historia es muy bella no lo pueden negar, realmente buena y lejos de ser el típico “amor de adolescentes” creo que el relato ofrece un mensaje bonito sobre el amor. Es sencilla pero bella, además no me van a negar que Rachel McAdams es hermosa a la par de Ryan Gosling, el hombre más hermoso del mundo. ¡Ay a mí me encantó!

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