Crítica - Funny Games (2007)



O Melhor do Filme:
A frieza e crueldade dos dois jovens psicopatas.

O Pior do Filme:
A estrutura “teatral” do filme quebra um pouco o seu ritmo e pode desagradar a alguns espectadores.

Realizado por Michael Haneke
Com Naomi Watts, Tim Roth, Michael Pitt, Brady Corbet e Devon Gearhart

Aqui está um bom exemplo de um filme que eu nunca tinha ouvido falar, decidi ir ver porque pelo trailer me pareceu interessante, e acabou por ser uma boa surpresa. A premissa do filme é simples: uma família pacífica e harmoniosa decide passar uns dias tranquilos de férias na sua casa de campo; tudo parecia estar a decorrer como é habitual, até que dois estranhos rapazes aparecem em casa deles perguntando se lhes poderiam emprestar alguns ovos… A partir deste ponto uma série de peripécias bizarras começam a acontecer até que a família tem a confirmação de que algo de muito errado se passa com os jovens, quando estes se recusam a sair da casa e agridem um dos membros da família. De repente e sem saber muito bem como, eles apercebem-se de que se tornaram reféns na sua própria habitação, sendo obrigados a “jogar” uma série de jogos doentios para se manterem vivos.
“Funny Games” é um filme perturbador e arrojado, extremamente bem filmado e com interpretações fabulosas por parte de todos os actores (até o pequeno Devon Gearhart de 13 anos nos oferece uma interpretação segura, intensa e madura, que faz morrer de inveja qualquer actor das Crónicas de Nárnia ou dos Morangos com Açúcar…). É um filme que retira a sua força das interpretações dos actores dirigidos de uma forma exímia por Haneke. Naomi Watts e Tim Roth espelham na perfeição o desespero e o sofrimento de um casal que se vê impotente para dar a volta à situação em que estão inseridos; já Michael Pitt e Brady Corbet interpretam na perfeição o duo de jovens psicopatas que apenas querem fazer apostas e jogar pequenos jogos, primando sempre pela educação com que abordam as suas vítimas… Estes dois jovens actores têm interpretações de arrepiar o sangue, conseguindo ser ao mesmo tempo brilhantes, perturbadores, cruéis, cómicos, frios e muito, MUITO educados… A psicopatia já foi retratada no cinema de muitas formas, mas penso que nunca desta forma tão peculiar, pituresca e simplesmente estranha.



O filme apresenta uma estrutura “teatral”, ou seja, em grande parte do filme Haneke opta por filmar as cenas de um único ângulo e sem fazer um único corte. Isto quer dizer que a actuação dos actores torna-se muito mais teatral, filmando cenas bastante longas sem paragens para descansar ou repensar o texto. Isto torna o seu trabalho um pouco mais exigente, mas ao mesmo tempo favorece a improvisação e contribui para o realismo do próprio filme. Assim sendo, esta estrutura “teatral” apresentada pelo realizador acaba por ser um dos pontos fortes da película, mas ao mesmo tempo um dos pontos fracos, dado que por vezes as cenas tornam-se excessivamente longas, quebrando o ritmo do filme e desagradando a alguns espectadores. “Funny Games” é então um filme a descobrir por aqueles que não tenham receio de ver um pouco de sangue, ou de ficar um pouco perturbados com toda a “estranheza” da película e dos dois jovens psicopatas.

Classificação- 4,5 Estrelas Em 5

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14 Comentários

  1. o Filme é excelente e as criticas más surgem porque ele é uma "cópia" do original. O realizador é o mesmo e a única coisa que mudou foi os actores. Aconselho-te também a veres o filme original com actores menos conhecidos e não-americanos.

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  2. Cópia do original? Qual?
    Já o fui ver e sinceramente não achei nada de especia... =x

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  3. Digamos que não tráz nada de novo... Vejam o original do Haneke... Enfim, rendeu-se a Hollywood...

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  4. Adorei o filme!

    Este tipo de filmes são muito criticados por serem diferentes, neste caso na banda sonora(a música "bonehead" dos Naked City encaixa ali perfeitamente) e na ficha técnica(com ausência de som) e não se resumirem à moral do "viveram felizes para sempre". Isso não é a realidade!

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. ja o vi e sinceramente não achei nada por aí além. acho que é mesmo daqueles filmes que desiludem, mesmo pelo que trailer consegue mostrar... enfim.

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  7. LIXO DE FILME! LIXO LIXO!
    A mulher mata o cara e ele decide voltar o tempo?! MAS QUE POHA É ESSA???

    E é muuuito parado PQP dá sono esse filme... LIXO D+ Não gostei... não recomendo e se realmente é uma cópia do primeiro, ambos devem ser uma merda.

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  8. Esse filme é uma idéia solta, sem um desenvolvimento verossímil (que pessoa vê seu filho ser mal-tratado por estranhos e não tem uma atitude decente?)e com um clímax ainda mais pobre. Na verdade, violência gratuita define a experiência à qual o espectador se submete, embora não seja tão gratuita - ainda tem que pagar o ingresso do cinema ou o aluguel ou compra do filme. Enfim, não assistam, não financiem ou apoiem uma produção tão baixa e vazia.

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  9. Horrivel, entediante, chato, muito ruim, com certeza foi o pior filme que já assisti, é o filme que na metada você começa a querer que acabe logo, e no final você se arrepende totalmente de ter assistido, quem pagou ingresso ou alugou, sente-se como roubado, pagar por tanto lixo.

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  10. Sinceramente um dos piores filmes que já vi, teve partes que eu tive que avançar, pois nao estava mais aguentando.
    O filme realmente é muito chato,cansativo, tirando os atores que são bons.
    Tem parte no filme que eu fiquei pensado.."Meu Deus,estou vendo isso mesmo?",uma cena que eu nao entendi até agora foi,Ann mata o rapaz,porem o outro pega um controle remoto e volta o filme antes dela matar..Como assim.
    Finalizando,nao recomendo.

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  11. A cena do controle remoto mostra como os psicopatas tinham controle total da situação. O filme mostra isso: sempre que o espectador tem a impressão que os "mocinhos" terão alguma chance ("temos que priorizar o entreterimento"), afinal, como Paul diz: "Para quem vocês estão torcendo?", os dois sempre conseguem quebrar essa expectativa, talvez uma visão mais real do que acontece realmente nesses casos... Ademais, muito boas as cenas de "violência" indiretas: tentar imaginar o que realmente aconteceu depois de somente ouvir os gritos dos personagens é perturbador... Recomendo para quem gosta de filmes com idéias novas!

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  12. Eu particulamente gostei desse filme, apesar que para alguns deve ter sido um tedio, mas o filme apresenta uma premissa de ser simples no seu formato, mas para mim um filme simples, compactado ao estilo "teatral", é bem melhor do que um filme com uma edição muito movimentada, que tira a criatividade da boa interpretação! Adoro os filmes do Haneke, tudo que ele faz é muito bem feito e de um bom gosto.

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  13. para quem criticou o filme : uma coisa é gostar de certos "generos cinematograficos" outra coisa é "gostar do cinema em si".. a perspectiva de quem curte o "cinema" é bem mais madura.;.. pessoas que não gostaram do filme não conseguiram assimilar muita coisa.. os comentários deixa isso muito claro.,..

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  14. muito fraca sua crítica. vc ñ captou a essência do filme. ñ é p qualquer um.

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