Crítica - The Lord Of The Rings - The Two Towers (2002)

Realizado por Peter Jackson
Com Elijah Wood, Ian McKellen, Viggo Mortensen,, Billy Boyd, Liv Tyler, Orlando Bloom

"The Two Towers" (As Duas Torres) é o segundo filme da trilogia "The Lord Of The Rings" (O Senhor Dos Anéis). Neste filme, A Irmandade do Anel continua a sua caminhada a fim de destruir o Anel Único. Depois de Peter Jackson nos apresentar o universo da Terra Média, as suas inúmeras personagens e nos relatar o início da história e da criação do Anel num ambiente de fantasia em "The Fellowship Of The Ring" (A Irmandade Do Anel), este filme traz-nos mais acção, guerra e realismo apresentando-nos assim uma visão da batalha do Abismo de Helm contra as forças do mal, personificadas nesta saga por Sauron. É neste segundo filme que a guerra realmente começa. Frodo e Sam continuam a viagem em direcção a Mordor, o único local onde o Anel pode ser destruído. Pelo caminho encontram Gollum, uma criatura outrora chamada Sméagol, que vive obcecado pela recuperação do poderoso Anel e com múltipla personalidade. É este estranho ser que os vai guiar até Mordor, pelo Pântano dos Mortos, caminho que os Orcs não atravessam. Chegados à Porta Negra de Mordor, estes são capturados pelo exército de Faramir, capitão de Gondor e irmão de Boromir, que os leva para Gondor com a finalidade de entregar o Anel a seu pai, Denethor, o regente de Gondor.


Enquanto Frodo e Sam passam por toda esta aventura, o humano Aragorn, o elfo Legolas e o anão Gimli procuram salvar os hobbits Pippin e Merry que foram capturados pelos Orcs. Durante a procura dos hobbits por parte destes três personagens, Éomer e o seu exército, que haviam sido expulsos de Rohan por Grima, derrotam o pequeno grupo de Orcs, os Urûk-hai, que detinha aprisionados os dois pequenos hobbits. Durante o combate, estes conseguem escapar aos Urûk-hai usando a sua própria astúcia e fugir para a misteriosa Floresta de Fangorn. Aí encontram Barba de Árvore, um guia de árvores vivo. Entretanto, Aragorn, Legolas e Gimli encontram-se com Éomar e são informados do sucedido. Na procura por restos mortais dos dois hobbits, concluem que estes terão fugido para a Floresta. Aí encontram-se com Gandalf, que depois da sua luta com Balrog, reaparece como Gandalf, o Branco e relembra a Aragorn que o seu destino é unir o povo de Rohan ao último reduto da resistência humana: o reino de Gondor. Estes quatro decidem rumar até Rohan com o intuito de libertar Théoden, Rei de Rohan, do feitiço de Saruman. Após Gandalf conseguir libertar Théoden do feitiço e deste enterrar o filho, o povo de Rohan parte para o Abismo de Helm, uma fortaleza nunca antes penetrável nas montanhas, decisão tomada por Théoden. No caminho são atacados por Warcs e Orcs e Aragorn cai numa ravina. Julgado morto, é deixado e todos os outros partem para o Abismo de Helm. Aragorn é resgatado pelo cavalo do falecido príncipe de Rohan e parte para a fortaleza onde a batalha vai começar. Entretanto, Saruman continua a criar o seu exército 10.000 vezes mais poderoso, a avançar no terreno, a conquistar e a destruir outros reinos da Terra Média. Antes de Gandalf chegar com Éomer e o seu exército, a batalha começa.


Este "The Two Towers" é de facto bastante diferente do primeiro filme, não só porque é um filme mais sangrento e negro, mas também porque os hobbits deixam de ser as personagens principais em detrimento dos Homens. Em termos técnicos, a história do filme exige mais efeitos especiais que o primeiro e isso acontece, mas embora fantásticos não são perfeitos. A beleza das numerosas paisagens do filme, a fotografia, a luminosidade e a maquilhagem são aspectos que enaltecem o filme e o tornam num épico. A caracterização de Théoden enquanto possuído pelo feitiço de Saruman, os Urûk-hai, a personagem de Gollum (toda ela criada por computador), o ambiente mágico e quase divino em que Jackson consegue nos apresentar os Elfos, são pormenores que provam que os efeitos especiais, a caracterização das personagens, a sua fotografia e luz são de extrema qualidade. Os inúmeros planos das maravilhosas paisagens quer florestais, quer montanhosas, dão ao filme um poder de visão extraordinário. A banda sonora continua perfeita e Jackson consegue sincronizar muito bem as cenas com a música. Nota ainda para o tema de Gollum, que no primeiro filme não existia. Na minha humilde opinião, a obra de Tolkien é uma epopeia fantástica de grande imaginação e dedicação. Todo o universo da Terra Média é perfeitamente detalhado e narrado. Este "The Lord Of The Rings" não é fácil de ser transportado para o ecrã mas Peter Jackson fê-lo muito bem e teve um enorme sucesso em cada um dos três filmes.

Classificação - 4 Estrelas Em 5

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4 Comentários

  1. Apesar de ser considerado o filme mais "fraco" da trilogia, foi aquele que eu mais gostei. A batalha no Abismo de Helm é impressionante e na minha opinião, está muito melhor conseguida do que a de Minas Tirith do 3º filme.
    Como Álvaro disse e bem, é um filme mais negro, algo que o torna mais interessante.

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  2. Concordo consigo, o segundo é o meu preferido também, embora sejam os três geniais.

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  3. É o que se aproxima mais de um filme historico.É menos apreciado mas talvez seja o melhor,a verdade é que se completam muito bem uns aos outros.

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  4. O Senhor dos Anéis - As Duas Torres: 4*

    Gostei bastante do desenrolar da história de "O Senhor dos Anéis - As Duas Torres" e adorei o seu argumento coeso, todo o seu conjunto serviu para aguçar a vontade para ver o próximo e último filme desta trilogia bélica e bastante conhecida.

    Cumprimentos, Frederico Daniel

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