Crítica - Transporter 3 (2008)

Realizado por Olivier Megaton
Com Jason Statham, Natalya Rudakova, François Berléand

A famosa saga francesa de acção “Transporter” está de regresso aos cinemas internacionais com este “Transporter 3”, um filme que, tal como as duas obras anteriores, chega-nos carregado de gritantes cenas de acção envolvidas num débil argumento. Mais uma vez, o intrépido Frank Martin (Jason Statham) é contratado e pressionado para realizar uma perigosa tarefa. Neste terceiro filme a sua missão é transportar Valentina, uma jovem ucraniana, de Marselha até Odessa, juntamente com dois sacos de conteúdo suspeito. Entre as várias perguntas que inundam de imediato a mente de Frank estão algumas bastante óbvias, como “O que terão os sacos?” ou “Quem será a rapariga e por que terá de a acompanhar e proteger?”, no entanto, Frank não dispõem dessas e de muitas outras informações mas sabe que tem de evitar a qualquer custo as armadilhas e as pessoas que o tentem interceptar.

 

A grande força deste “Transporter 3” reside nas suas alucinantes cenas de acção, que superam em emoção as cenas apresentadas pelos outros dois filmes da saga. Nesta nova aventura somos brindados com mais perseguições e mais truques automobilísticos que desafiam as leis da gravidade e da probabilidade. Olivier Megaton também nos apresenta cenas de luta de grande intensidade que foram categoricamente coreografadas por Corey Yuen, um especialista asiático em artes marciais que já trabalhou em diversos filmes do género. Este espectáculo de adrenalina e violência não é, no entanto, corroborado por um argumento coerente e interessante que atribua alguma consistência intelectual ao filme, assim sendo, a contrastar com o ímpeto das cenas de acção está um débil argumento que cumpre uma função meramente secundária e praticamente irrelevante, já que nos apresenta uma história sem sentido e confusa que é facilmente posta em segundo plano pelas barulhentas e visualmente atractivas sequências de acção. Ao analisarmos mais concretamente o argumento do filme podemos concluir que este está repleto de lacunas e clichés narrativos, que são constantemente enfatizados através de diálogos pobres e mal construídos. O elenco é liderado por Jason Statham, um actor que graças à sua imponente capacidade física e inerente carisma, torna-se na escolha ideal para filmes de acção como este. Pela terceira vez consecutiva, Statham assumiu de forma convincente o papel de Frank Martin, o inconvencional herói da saga. A sua performance não foi nem superior nem inferior à apresentada nos outros dois filmes da saga, foi sim uma interpretação razoável e bem ao seu nível. O mafioso desta aventura foi razoavelmente interpretado por Robert Knepper, um actor habituado a papéis de vilão mas que nesta obra não consegui sobressair. Valentina, o interesse romântico e objecto da missão de Frank Martin, foi interpretada por Natalya Rudakova, uma actriz atraente mas irremediavelmente medíocre na hora de assumir as suas funções como actriz. Apesar de ser visualmente mais arriscada e intensa, esta terceira entrega da saga “Transporter”, não trouxe nada de novo aos fãs e apreciadores do género. Olivier Megaton limitou-se mais uma vez a transpôr, sem grandes alterações, a fórmula narrativa de aparente sucesso que consolidou esta saga no passado.

Classificação - 2 Estrelas Em 5

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1 Comentários

  1. Já o segundo filme era muito mais fraquito do que o primeiro... Não é de admirar...

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