Realizado por Henry Selick
Com Dakota Fanning, Teri Hatcher, Jennifer Saunders
A animação é, na minha opinião, a melhor condução da imaginação. Através deste tipo de cinema, os diversos criativos da 7ª arte conseguem dar asas às suas ideias mais loucas que, através duma amplitude de efeitos especiais/visuais, ganham vida em fantásticas obras cinematográficas que não apresentam limites à imaginação. A animação não tem que ser séria ou significativa mas deve ser sempre criativa e extravagante. Este “Coraline” exterioriza essa portentosa essência do cinema de animação, porque nos oferece uma bela história mágica que nos é contada através de magníficos efeitos visuais recheados de cor que sem serem sérios conseguem transmitir uma amplitude de ideias a qualquer faixa etária.
O argumento de “Coraline” é baseado no livro infanto-juvenil de Neil Gaiman e conta-nos a história de Coraline, uma jovem rapariga que atravessa uma porta secreta na sua nova casa, e descobre uma versão alternativa da sua vida. À primeira vista, esta realidade paralela é estranhamente parecida com a vida real, com a única diferença de ser muito melhor, mas quando este maravilhoso conto se torna perigoso e a sua mãe, contrafeita, tenta ficar com ela para sempre, Coraline dependerá da sua firme determinação, coragem e da ajuda de vizinhos e de um gato falante para salvar os seus pais verdadeiros e algumas crianças fantasmas para que assim possa regressar a casa. Ora esta história transcendental pode parecer um bocado infantil e, na realidade, o seu público-alvo são as crianças e os jovens adolescentes, mas na minha opinião, as histórias animadas não escolhem idades e tanto podem agradar a uma criança de oito anos como a um idoso de oitenta. Esta animação de Henry Selick não foge a essa regra e também mostra potencialidades para agradar a um amplo espectro de idades, no entanto, a sua interpretação poderá mudar consoante a idade da pessoa. Os mais jovens verão neste filme uma obra de magia e fantasia que tem como mote o amor e a amizade, sempre aliadas a ideais de coragem e perseverança. Os mais velhos verão, muito provavelmente, o lado mais adulto e subjectivo desta história e conseguirão perceber as mensagens subjectivas escondidas entre-linhas, como as sucessivas transformações na personalidade de Coraline e as latentes mensagens psicológicas, escondidas na caracterização do mundo paralelo ou nas acções das mais importantes personagens.
A história é inegavelmente interessante, mas a verdadeira força deste filme reside no seu atractivo visual. Os bonecos e os fundos fazem-nos lembrar os filmes animados de Tim Burton, que foi o Produtor/Guionista da grande obra-prima de Henry Selick, o fantástico ”The Nightmare Before Christmas" (1993). A herança desse monstruoso filme marca presença neste "Coraline”, que reutiliza alguma das técnicas especiais/visuais utilizadas nessa mítica obra de 1993. É claro que essas clássicas técnicas visuais foram melhoradas e aperfeiçoadas com as mais recentes tecnologias, nomeadamente com a experimental técnica de animação em três dimensões. Acredito que o visionamento neste formato poderá tornar o filme ainda mais atraente, mas também sou da opinião que esta prometedora tecnologia poderá melhorar ainda mais com o passar dos anos. Seja qual for a escolha do público (3D ou 2D), a experiência visual não será diminuída, porque o que verdadeiramente importa é a simplicidade e majestosidade da animação, que nos apresenta uns belos gráficos preenchidos por uma bela palete de cores que combinam na perfeição com a história e com a personalidade das personagens. As animações de “Coraline” podem não ter o pormenor das obras da Pixar ou da Disney, mas têm uma qualidade igualmente forte porque apostam na essência da imaginação, a magia do pensamento. É óbvio que “Coraline” não está ao nível de "Wall-E" e "Kung Fu Panda", mas sem ser um filme brilhante, consegue impulsionar a imaginação de qualquer espectador de qualquer idade através da sua agradável história e do seu fantástico visual.
Com Dakota Fanning, Teri Hatcher, Jennifer Saunders
A animação é, na minha opinião, a melhor condução da imaginação. Através deste tipo de cinema, os diversos criativos da 7ª arte conseguem dar asas às suas ideias mais loucas que, através duma amplitude de efeitos especiais/visuais, ganham vida em fantásticas obras cinematográficas que não apresentam limites à imaginação. A animação não tem que ser séria ou significativa mas deve ser sempre criativa e extravagante. Este “Coraline” exterioriza essa portentosa essência do cinema de animação, porque nos oferece uma bela história mágica que nos é contada através de magníficos efeitos visuais recheados de cor que sem serem sérios conseguem transmitir uma amplitude de ideias a qualquer faixa etária.
O argumento de “Coraline” é baseado no livro infanto-juvenil de Neil Gaiman e conta-nos a história de Coraline, uma jovem rapariga que atravessa uma porta secreta na sua nova casa, e descobre uma versão alternativa da sua vida. À primeira vista, esta realidade paralela é estranhamente parecida com a vida real, com a única diferença de ser muito melhor, mas quando este maravilhoso conto se torna perigoso e a sua mãe, contrafeita, tenta ficar com ela para sempre, Coraline dependerá da sua firme determinação, coragem e da ajuda de vizinhos e de um gato falante para salvar os seus pais verdadeiros e algumas crianças fantasmas para que assim possa regressar a casa. Ora esta história transcendental pode parecer um bocado infantil e, na realidade, o seu público-alvo são as crianças e os jovens adolescentes, mas na minha opinião, as histórias animadas não escolhem idades e tanto podem agradar a uma criança de oito anos como a um idoso de oitenta. Esta animação de Henry Selick não foge a essa regra e também mostra potencialidades para agradar a um amplo espectro de idades, no entanto, a sua interpretação poderá mudar consoante a idade da pessoa. Os mais jovens verão neste filme uma obra de magia e fantasia que tem como mote o amor e a amizade, sempre aliadas a ideais de coragem e perseverança. Os mais velhos verão, muito provavelmente, o lado mais adulto e subjectivo desta história e conseguirão perceber as mensagens subjectivas escondidas entre-linhas, como as sucessivas transformações na personalidade de Coraline e as latentes mensagens psicológicas, escondidas na caracterização do mundo paralelo ou nas acções das mais importantes personagens.
A história é inegavelmente interessante, mas a verdadeira força deste filme reside no seu atractivo visual. Os bonecos e os fundos fazem-nos lembrar os filmes animados de Tim Burton, que foi o Produtor/Guionista da grande obra-prima de Henry Selick, o fantástico ”The Nightmare Before Christmas" (1993). A herança desse monstruoso filme marca presença neste "Coraline”, que reutiliza alguma das técnicas especiais/visuais utilizadas nessa mítica obra de 1993. É claro que essas clássicas técnicas visuais foram melhoradas e aperfeiçoadas com as mais recentes tecnologias, nomeadamente com a experimental técnica de animação em três dimensões. Acredito que o visionamento neste formato poderá tornar o filme ainda mais atraente, mas também sou da opinião que esta prometedora tecnologia poderá melhorar ainda mais com o passar dos anos. Seja qual for a escolha do público (3D ou 2D), a experiência visual não será diminuída, porque o que verdadeiramente importa é a simplicidade e majestosidade da animação, que nos apresenta uns belos gráficos preenchidos por uma bela palete de cores que combinam na perfeição com a história e com a personalidade das personagens. As animações de “Coraline” podem não ter o pormenor das obras da Pixar ou da Disney, mas têm uma qualidade igualmente forte porque apostam na essência da imaginação, a magia do pensamento. É óbvio que “Coraline” não está ao nível de "Wall-E" e "Kung Fu Panda", mas sem ser um filme brilhante, consegue impulsionar a imaginação de qualquer espectador de qualquer idade através da sua agradável história e do seu fantástico visual.
Classificação - 3,5 Estrelas Em 5
7 Comentários
Confesso que estou bastante ansioso para ver este filme.
ResponderEliminarAbraços
Será possível ver este filme no cinema na versão original? Não percebo porque é que agora já não se consegue. Por melhores (ou piores) que sejam as dobragens é preferível ver na versão original...
ResponderEliminarAcabei de assistir Coraline no Cinema (dublado, infelizmente) e estou encantada. Cinema da melhor qualidade. Suspense na medida certa para seduzir gente de todas as idades.
ResponderEliminarInfelizmente, também não consegui ver o filme na versão original, e acho que classificação M/4 é um erro! Concordo que os filmes de animação há muito que deixaram de ser exclusivamente para crianças, mas penso que uma criança de 4 anos irá ter pesadelos...
ResponderEliminarAgradou-me muito! A técnica "stop-motion" evoluiu claramente desde "The Nightmare Before Christmas", com uma fluidez e uma credibilidade impressionantes! A animação do jardim, do piano, dos espectáculos das irmãs e dos ratos, são de se ficar abismado! O paralelismo dos dois mundos remete-nos imediatamente para "O Estranho Mundo de Jack". Os cenário são muito coloridos mas sempre mantendo uma qualidade sinistra, e quando "A Outra Mãe" se revela, é um festim "a la" Tim Burton. E o argumento é fabuloso, não me posso estender mais porque não conheço o livro, mas a mensagem é forte.
Pessoalmente, considero o filme uma das melhores obras de animação de sempre. Não esquecer de que o Henry Selick foi o realizador do Estranho Mundo de Jack, que muitas pessoas pensam ter sido realizado pelo Tim Burton.
ResponderEliminarPessoalmente, acho o Panda do Kung-Fu, filme com o qual foi feita uma comparação com o Coraline um bom filme de entretenimento da DreamWorks, mas apenas uma bela "palhaçada" comparado com este Coraline. Penso que são campeonatos completamente diferentes, que nem tem cabimento comparar.
O Coraline está, na minha opinião (e é com ests que poderá ser comparado), mais no universo do Estranho Mundo de Jack, da Noiva Cadáver, do Belleville Rendez-Vous, ombreando mesmo na minha opinião com alguns do Miyazaki, como a Viagem de Chihiro ou o Castelo Andante.
Cisne Negro
fantasticoo, eu sou criaça e prefiro 1000 veces coraline que kung fu panda.. a cena do jardin e esplendida.. a da mãe con o botão nos olhos e sinistramente reflecsiva... nada a ve quere compara uma coisa com a outra..
ResponderEliminarExcelente animação com uma banda sonora a altura nota:4
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