Crítica – Love Story (1970)

Realizado por Arthur Hiller
Com Ali MacGraw e Ryan O’Neal

Considerado por muitos como o filme mais romântico de sempre, Love Story comoveu multidões durante anos e merece ser recordado. Baseado na obra de Erich Segal, obra essa que ia sendo escrita em simultâneo com a realização do filme, e rodado com o um orçamento muito limitado, Love Story conseguiu ser o filme certo na altura certa o que o fez ser nomeado para 7 Óscares, incluindo o de melhor filme, tendo recebido merecidamente o de Melhor Banda Sonora com a intemporal música original de Francis Lay, que conseguiu persistir para além do filme tornando-se um reconhecido hino ao amor.
A história é extremamente simples. Dois jovens estudantes de Havard, Jennifer Cavallieri (Ali MacGraw) e Oliver Barrett IV (Ryan O’Neal), conhecem-se e apaixonam-se. Entre eles existe uma considerável diferença social visto que Oliver é herdeiro d e uma família milionária, mas que não impede que se casem enquanto são ainda estudantes, levando a uma ruptura de Oliver com o pai com quem mantinha já uma conflituosa relação, e obrigando-o continuar os estudos sendo sustentado pela inteligente mulher. Os anos passam e eles continuam mais apaixonados que nunca ao mesmo tempo que Jenny tenta que o marido se reconcilie com o pai. Quando Oliver começa a trabalhar, no final do seu curso, e as suas finanças tomam o rumo certo, mudam-se para um bom apartamento e decidem ter um filho. Descobrem nesse momento que Jenny está a morrer com leucemia e Oliver tenta a todo o custo mostrar-se forte perante a mulher até ao seu último suspiro. A tragédia, o amor para além da morte a inesquecível fotografia, que aproveitou de forma sublime um nevão que caíra sobre a cidade, sendo mítica a cena em que ambos atravessam a neve, ainda não calcada por ninguém, amparados um no outro a caminho do hospital onde Jenny morreria fizeram desta película a narração de um amor comovente.


De acordo com o realizador este filme, com a sua mensagem de que “Love means never having to say you’re sorry”, trouxe uma mensagem de esperança nos bons valores de Humanidade num período marcado pela guerra e um extrema violência. Alguns acasos contribuíram também para este sucesso como a interpretação de Ryan o’Neal que não fora de todo a primeira escolha para o papel, bem como, nunca é demais frisar, a inesquecível banda sonora. O trabalho de edição de imagem conseguiu também efeitos surpreendentes como a sobreposição da imagem solitária de Jennifer a Ryan que patina, mostrando-nos a solidão do sofrimento de cada um mas simultaneamente o amor que os une. Ali MacGraw foi a escolha perfeita para o papel da brilhante e espevitada estudante de música de Havard e o guarda-roupa que usou neste filme criou moda durante vários anos. O enredo é talvez piegas mas foi, sem dúvida, um filme necessário e muito amado por uma geração inteira de jovens.

Classificação - 5 Estrelas Em 5

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8 Comentários

  1. História intemporal que de facto introduziu elementos que marcam hoje a convenção de qualquer história de amor em cinema. A rever, sem dúvida. Mesmo por aqueles a quem este género de filmes não parece dizer tanto. Bom trabalho Ana

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  2. "Love Story" não será o filme mais romântico de sempre, até porque se afasta um pouco desse trilho para nos dar, isso sim, uma relação franca e aberta, muito típica daquele início dos anos 70.
    O livro (escrito a partir do argumento para cinema, um caso completamente atípico) já era um best-seller quando o filme se estreou e literariamente não tinha grande valor. Foi apenas um ponto de partida para tudo aquilo que o filme conseguiu transmitir à juventude daquela época.

    O Rato Cinéfilo

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  3. Filme chato, piegas. Não entendo como pôde fazer tanto sucesso.

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  4. Acho a atriz muito ruim... Péssima na cena em que fica do lado de fora da casa, à noite, no frio.

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  5. Não vi o filme só dei uma lida no resumo dele aqui nesse site mas pelo jeito é um filme muito bom mesmo.

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  6. Se piegas não sei, mas mexe com.os sentimentos.

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