Crítica - One Flew Over the Cuckoo´s Nest (1975)

Realizado por Milos Forman
Com Jack Nicholson, Louise Fletcher, William Redfield

A década de 70 foi um período de imensa prosperidade para o cinema norte-americano que deu ao mundo obras como “The Godfather”, “Taxi Driver”, “Apocalypse Now” ou este “One Flew Over the Cuckoo´s Nest”. Adaptado do livro de Ken Kesey, o filme foca-se em Randle McMurphy (Jack Nicholson), um recluso que se faz passar por louco para cumprir o resto da pena num hospital psiquiátrico. Quando conhece a enfermeira Ratched (Louise Fletcher) e a forma come ela trata os pacientes, percebe que chegou a outra prisão.
“One Flew Over the Cuckoo´s Nest “ é uma obra-prima. Milos Forman consegue construir, filmando quase exclusivamente um átrio dum asilo e oito personagens, uma parábola sobre inconformismo e liberdade. Ratched é condescendente com os pacientes, humilha-os e controla-os. E é McMurphy que vai desafiar a sua autoridade e dar um sopro de livre arbítrio aos (supostos?) doentes. Com diálogos sólidos, momentos de humor e um par de cenas memoráveis, em momento algum o filme é aborrecido mas é na qualidade do trabalho dos actores que reside uma das suas grandes fortalezas. Jack Nicholson é irrepreensível, dá ao espectador a sensação que nenhum outro actor poderia ter dado vida a Randle da mesma forma. Que dizer de Louise Fletcher que compõe com sobriedade uma vilã fria e repressiva. Que dizer também do resto do elenco, particularmente Brad Dourif que interpreta de forma exemplar uma vítima do tratamento castrador da enfermeira Ratched.
Poucos filmes atingem este nível de excelência, combinando entretenimento de qualidade com doses de provocação. Mais a mais, “One Flew Over the Cuckoo´s Nest” presenteia o espectador com um final absolutamente chocante e inspirador. Falta dizer que este filme venceu os cinco principais Óscares em 1975 – Filme, Realizador, Actor, Actriz e Argumento Adaptado. Se fosse lançado nos dias de hoje, estaria também ferozmente na corrida.

Classificação - 5 Estrelas Em 5

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4 Comentários

  1. É uma obra-prima intemporal,sublime e magistral. É para mim o melhor filme de todos os tempos. É sem dúvida o filme da minha vida, aquele que a par com o Once Upon a Time in America é a causa da minha cinefilia. Jack Nicholson no papel da sua vida a par do Shining do Kubrick.
    Abraços

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  2. Filme espectacular. Vale a pena. Como foi dito, é impressionante o que se pode construir a partir de um hospital psiquiatrico. Jack Nicholson esta brilhanta como sempre, este é um papel que só ele poderia interpretar com tanta excelencia.

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  3. Filme brilhante. O perfeccionismo de Kubrick junta-se ao perfeccionismo dos atores Nicholson e Fletcher, em duelo mental (e físico), ao roteiro que é uma porta para reflexões intermináveis sobre loucura, lucidez, rebeldia e resignação diante de um sistema autoritário. Um filme para ver, rever e analisar.

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  4. O Filme não é de Stanley Kubrick.

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