Crítica - Fireflies in the Garden (2008)


Realizado por Dennis Lee
Com Ryan Reynolds, Willem Dafoe, Emily Watson

Apesar de apresentar um elenco célebre e competente, "Fireflies in the Garden" tem passado completamente despercebido nos cinemas europeus e sul-americanos. A sua estreia em Portugal não irá certamente alterar este facto, porque o filme não foi alvo de uma grande atenção mediática por parte dos principais meios de comunicação social.
Este drama dirigido pelo estreante Dennis Lee conta-nos a história de Michael Taylor (Ryan Reynolds), um escritor que está prestes a completar a sua primeira obra auto-biográfica intitulada "Fireflies in the Garden". Esse livro relata, com algum pormenor, os principais acontecimentos que pautaram a complicada história familiar de Michael que, após uma inesperada tragédia familiar, começa a ponderar o adiamento do lançamento do livro. Entre avanços e recuos temporais, o argumento do filme leva-nos numa viagem dramática que acompanha a evolução emocional desta família superficialmente comum, mas que intimamente esconde diversas fragilidades e crises pessoais. À medida que o enredo vai dissecando lentamente as diversas questões morais/familiares derivantes de diversos traumas emocionais, nomeadamente uma relação parental abusiva e uma tragédia familiar inesperada, somos confrontados com algumas lacunas e imprecisões narrativas que deixam algumas questões sem resposta e que acabam por prejudicar o desenvolvimento de algumas personagens que nunca chegam a vincar a sua presença na história. A disfunção familiar não é um tema propriamente novo ou fácil e, tendo em conta a qualidade narrativa de outras obras do género, a história de "Fireflies in the Garden" poderia ter apostado um pouco mais na complexidade e dramatização de algumas situações familiares que não foram devidamente explicadas e contextualizadas.
A realização de Dennis Lee exterioriza a sua inexperiência. Este jovem cineasta não conseguiu incutir ao filme o dramatismo e sentimentalismo que tanto precisava e também não conseguiu capitalizar o talento e a competência dos vários actores que compõem o elenco. Dentro deste talentoso grupo de profissionais da representação destaco a prestação de Willem Dafoe, que funciona na perfeição como o grande vilão da história. Ryan Reynolds também apresenta uma prestação digna de destaque que demonstra uma surpreendente aptidão para papéis dramáticos. Graças ao fraco desenvolvimento e rápido desaparecimento da sua personagem, Julia Roberts não aparece muitas vezes em cena mas, quando o faz, consegue roubar todas as atenções. Esta obra cinematográfica até nos consegue apresentar um elenco de luxo que, na minha opinião, representa claramente o melhor do filme, no entanto, o argumento também assume uma qualidade razoável que deverá agradar aos amantes dos típicos dramas familiares.

Classificação - 3 Estrelas Em 5

Enviar um comentário

2 Comentários

  1. eu vi esse filme, realmente não achei um dos melhores. Contém sensibilidade, principalmente na relação conturbada de pai e filho
    mas o final eu não gostei

    virei seguidor do seu blog

    ResponderEliminar
  2. Cada vez mais estou gostando do trabalho de Ryan Reynolds, que vem comprovando que é um actor muito diversificado.
    Já que passei aqui, lhe deixo um convite para um jogo de cinema: Aqui a participação de muitos cibernautas é fundamental. Deixe um comentário aqui ou então um link para o seu Twitter ou blog/site.
    A idéia deste jogo é simples, resuma no máximo de 140 caracteres, tal como no Twitter, a história ou a crítica de um filme. Pode ser um filme que adorou ou um que detestou. Sem rodeios e sem frescuras.
    link em: http://internetparatodos.blogs.sapo.pt/136193.html
    Obrigado :)

    ResponderEliminar

//]]>