Crítica - The Covenant (2006)

Realizado por Renny Harlin
Com Steven Strait, Laura Ramsey, Taylor Kitsck, Chace Crawford

O sucesso comercial de “Harry Potter” despontou o aparecimento de algumas longas-metragens que tentaram, sem grande sucesso, obter alguns lucros com o sucesso mundial dos feiticeiros e da bruxaria, no entanto, nenhum desses medíocres produtos conseguiu se aproximar minimamente do estrondoso sucesso económico e mediático das fantásticas adaptações cinematográficas de “Harry Potter”. Este fraco “The Covenant” é claramente um dos melhores exemplos de mediocridade. Esta desastrosa produção, sem grande sentido ou interesse, é definitivamente um dos piores trabalhos de sempre sobre esta temática extremamente popular. Os protagonistas deste autêntico desastre são os Filhos de Ipswich, um pequeno grupo de rapazes extremamente populares da “Spenser Academy”, uma conceituada academia escolar situada em New England, Estados Unidos da América. A popularidade e a amizade dos quatro rapazes não é um acaso pois estes amigos de infância partilham um segredo com aproximadamente trezentos anos, ambos são jovens feiticeiros que descendem directamente de uma centenária e poderosa assembleia de bruxas e feiticeiros que se instalou nos Estados Unidos durante o Século XVII, no entanto, os quatro rapazes não podem utilizar constantemente os seus fantásticos poderes sobrenaturais porque estes provocam uma espécie de envelhecimento precoce que diminuiu drasticamente a sua esperança média de vida. A histórica assembleia de feiticeiros era originalmente composta por cinco famílias, mas a determinada altura uma dessas poderosas linhagens desapareceu misteriosamente da sociedade, no entanto, após trezentos anos de exclusão, o único descendente dessa família surge repentinamente em New England. O introvertido adolescente está sedento de vingança e pretende exterminar os descendentes dos membros originais da assembleia, para que assim possa roubar os seus principais feitiços.



O argumento é baseado na homónima graphic novel de Aron Coleite, uma obra literária que também é bastante fraca. A história da assembleia de feiticeiros é uma clara reminiscência à história do massacre das Bruxas de Salem, e as consequências da utilização excessiva dos poderes sobrenaturais por parte dos feiticeiros são um claro paralelismo ao consumo e ao abuso de estupefacientes por parte dos adolescentes, no entanto, estes pequenos elementos narrativos de interesse, que até poderiam originar uma história cativante, não foram devidamente explorados pelo frágil argumento que se perde facilmente em pormenores desinteressantes e que nos apresenta inúmeras lacunas narrativas que prejudicam claramente o correcto desenvolvimento da história. A direcção de Renny Harlin é igualmente desastrosa, porque não fornece nenhum elemento de seriedade ao filme, muito pelo contrário, reforça ainda mais a superficialidade natural da história e dos protagonistas ao apostar em efeitos visuais e sonoros completamente desnecessários e ridículos. As sequências de combate são incríveis espectáculos de insuficiência criativa e qualitativa que aborrecem qualquer espectador. Os momentos românticos também são infantis e deploráveis. O elenco desta fantasiosa produção é maioritariamente composto por inexperientes actores que simplesmente não convenceram. Após “The Covenant”, Taylor Kitsck e Chace Crawford conseguiram alguns trabalhos relativamente importantes e mediáticos, Steven Strait e Laura Ramsey participaram em alguns fracassos comerciais e os restantes actores desapareceram completamente do mapa. Em síntese, “The Covenant” é péssimo em todos os aspectos.

Classificação – 0,5 Estrela Em 5

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