Realizado por Tim Burton
Com Mia Wasikowska, Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Anne Hathaway
Viajar até ao belo, magnífico e, por vezes, excêntrico mundo de Tim Burton é um autêntico privilégio que os cinéfilos da actualidade têm nas suas vidas. Estamos a falar de um dos melhores e mais fascinantes realizadores de todos os tempos. Responsável máximo por algumas das obras mais míticas e adoradas da Sétima Arte, tais como “Big Fish”, “Edward ScissorHands”, “Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street”, “Ed Wood”, “Sleepy Hollow”, entre outras, Burton já nos habituou a testemunhar histórias deliciosamente mágicas, inspiradoras e encantadoras. Histórias que nos arrancam do duro e cruel mundo em que vivemos e nos transportam para reinos de pura magia onde tudo parece ser possível e exequível.
Com Mia Wasikowska, Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Anne Hathaway
Viajar até ao belo, magnífico e, por vezes, excêntrico mundo de Tim Burton é um autêntico privilégio que os cinéfilos da actualidade têm nas suas vidas. Estamos a falar de um dos melhores e mais fascinantes realizadores de todos os tempos. Responsável máximo por algumas das obras mais míticas e adoradas da Sétima Arte, tais como “Big Fish”, “Edward ScissorHands”, “Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street”, “Ed Wood”, “Sleepy Hollow”, entre outras, Burton já nos habituou a testemunhar histórias deliciosamente mágicas, inspiradoras e encantadoras. Histórias que nos arrancam do duro e cruel mundo em que vivemos e nos transportam para reinos de pura magia onde tudo parece ser possível e exequível.
“Alice In Wonderland” – o seu mais recente filme – não foge à regra. Ao longo dos 108 minutos de película, Burton assombra-nos e leva-nos a um local sublime e simplesmente maravilhoso, um local cheio de cor, fauna e flora, repleto das personagens mais doces, loucas e inesquecíveis. Porém, infelizmente, o argumento desta nova versão da imortal história de Lewis Carrol não consegue estar à altura da genialidade do realizador e, inevitavelmente, acabamos por cair numa sucessão de eventos previsíveis e, a tempos, amputados da consistência emocional e dramática que se exigia. E como consequência, “Alice In Wonderland” desabrocha numa visualmente bela e fascinante experiência cinematográfica sem grande equilíbrio narrativo. A narrativa apresenta-nos uma Alice diferente da que estávamos habituados a ver. Nesta versão de Tim Burton, Alice (Wasikowska) encontra-se nos últimos anos da adolescência e, consequentemente, naquela particular fase da vida em que ainda somos assombrados pela dúvida e incessantemente procuramos um rumo e uma identidade própria e segura. A visita que Alice fez ao reino de Underland enquanto criança não passa agora de uma mistela de memórias confundidas com sonhos infantis. E numa Londres do século XIX, após perder o seu pai – seu grande suporte emocional – Alice vê-se confrontada com a obrigação de arranjar um bom partido num Lorde inglês que não ama e por quem não nutre grande empatia. Instigada pela mãe e restantes familiares a aceitar o pedido de casamento deste Lorde, Alice sente-se perdida e decide fugir para os campos verdejantes da enorme mansão onde a festa de noivado deveria decorrer.
É nesses campos que ela volta a deparar-se com o pequeno coelho branco do relógio tilintante e, sem hesitar, decide persegui-lo até uma toca escura e profunda. Após cair, mais uma vez, na toca do coelho, Alice vai regressar ao reino de Underland para, aos poucos, descobrir que este está muito diferente desde a última vez que o havia visitado. Pois a Rainha Vermelha (Bonham Carter) continua a aterrorizar o seu povo de forma verdadeiramente impiedosa. E regressada a um mundo do qual não se lembra, Alice encontra no Chapeleiro Louco (o fabuloso Johnny Depp) a sua principal salvaguarda contra a difícil e virtualmente impossível tarefa que lhe põem em mãos: enfrentar o temível dragão negro da Rainha Vermelha para derrotá-la, devolver a coroa à meiga e caridosa Rainha Branca (Hathaway) e assim devolver a paz e a prosperidade a este autêntico mundo encantado.
Uma coisa é certa: a nível visual, “Alice In Wonderland” é brilhante e simplesmente fascinante. A criatividade de Burton e da sua equipa não tem limites, pelo que somos constantemente presenteados com inúmeras sequências de grande arrojo estético e visual. Aliado a esse facto, o 3D enaltece ainda mais a beleza dos cenários e a espectacularidade da película, provando que assenta que nem uma luva neste tipo de produções épicas, grandiosas e visualmente arrebatadoras. O problema é que esta componente isolada não chega para nos oferecer um grande filme. Aparte todos os seus méritos, “Alice In Wonderland” falha no aspecto mais essencial: a qualidade do seu argumento. De facto, por vezes, a narrativa perde força e interesse, acabando mesmo por se tornar demasiado aborrecida e previsível. O grandioso elenco bem tenta manter o espectador colado à tela, mas infelizmente, nem sempre o consegue. Há certos pontos da história em que tudo decorre exactamente como seria de esperar. O que num filme… nem sempre é bom, já que não dá lugar a qualquer acontecimento surpreendente e inesperado.
Uma coisa é certa: a nível visual, “Alice In Wonderland” é brilhante e simplesmente fascinante. A criatividade de Burton e da sua equipa não tem limites, pelo que somos constantemente presenteados com inúmeras sequências de grande arrojo estético e visual. Aliado a esse facto, o 3D enaltece ainda mais a beleza dos cenários e a espectacularidade da película, provando que assenta que nem uma luva neste tipo de produções épicas, grandiosas e visualmente arrebatadoras. O problema é que esta componente isolada não chega para nos oferecer um grande filme. Aparte todos os seus méritos, “Alice In Wonderland” falha no aspecto mais essencial: a qualidade do seu argumento. De facto, por vezes, a narrativa perde força e interesse, acabando mesmo por se tornar demasiado aborrecida e previsível. O grandioso elenco bem tenta manter o espectador colado à tela, mas infelizmente, nem sempre o consegue. Há certos pontos da história em que tudo decorre exactamente como seria de esperar. O que num filme… nem sempre é bom, já que não dá lugar a qualquer acontecimento surpreendente e inesperado.
Para além da referida e elogiada componente visual, o grande trunfo do filme acaba por ser o suspeito do costume nas obras de Burton: Johnny Depp. Que palavras para descrever a sua visão do Chapeleiro Louco? Apenas uma: espectacular. Pelos posters e pelos trailers, não seria difícil adivinhar que esta personagem acabaria por apagar Alice e surgir como personagem principal do filme. Assim sendo, não é com grande surpresa que vemos a personagem de Depp reservar para si os grandes momentos da película. Será prematuro falar em mais uma nomeação ao Oscar para Depp? Talvez, mas espero que se concretize. E já que estamos a falar do elenco, aproveitemos para falar de Mia “Alice” Wasikowska. A jovem escolhida pelo realizador acusa alguma falta de experiência e não consegue transmitir a força necessária à sua personagem. Expressivamente limitada, Wasikowska não consegue fazer com que Alice se destaque. Algo que é fundamental num blockbuster deste tipo. Mas ainda assim, ela consegue cumprir minimamente o seu papel. Wasikowska ainda é muito jovem, pelo que terá muito tempo para melhorar a sua performance. Por enquanto, tem já as portas de Hollywood bem abertas. Oxalá consiga aproveitar esta oportunidade de ouro.
Para terminar, devo dizer que “Alice In Wonderland” me decepcionou um pouco. Não é um fiasco; longe disso! Mas apesar das suas qualidades, ficou a milhas daquilo que eu estava à espera. Menção honrosa para a admirável dupla Burton-Depp, para a grande maioria do elenco e também para uma sequência de batalha final deveras interessante e apelativa. Pena é que o argumento não tenha estado à altura da ocasião.
Para terminar, devo dizer que “Alice In Wonderland” me decepcionou um pouco. Não é um fiasco; longe disso! Mas apesar das suas qualidades, ficou a milhas daquilo que eu estava à espera. Menção honrosa para a admirável dupla Burton-Depp, para a grande maioria do elenco e também para uma sequência de batalha final deveras interessante e apelativa. Pena é que o argumento não tenha estado à altura da ocasião.
Classificação - 3,5 Estrelas Em 5
Leia a 2ª Crítica - AQUI
14 Comentários
Estou doido pra ver o filme em 3D, pena não ter estreado no Brasil ainda...
ResponderEliminarÓtimo review, aliás.
Macaíba,
http://losmuchachosmarotostarados.blogspot.com/
Uiiii...
ResponderEliminarJá ouvi muito deste filme...
Lá se vão as expectativas!
Abraço
Cinema as my World
É um bom filme mas vindo das mãos de um mago como Burton, estava à espera de bem melhor.. A mim decepcionou-me o abuso do CGI... Mais parecia um filme de animação... O que é feito do stop-motion de Burton??
ResponderEliminarJa agora, a Rainha de Copas estava excelente!
Concordo plenamente!! As falas dos personagens estava tão... normal... O que aconteceu com as falas misteriosas e "doidas" dos livros originais de Alice? Filme previsível, não gostei do chapeleiro e do gato. Filme lindo por fora e sem bom conteúdo por dentro.
ResponderEliminarcomo você pôde deixar de comentar a atuação de Helena Bonham Carter? A Rainha Vermelha é simplesmente a grande personagem do filme, a única que tem vida e que realmente se destaca. Até Depp deixou a desejar, não por limitação expressiva, como Alice, mas pela pobreza da narrativa.
ResponderEliminarótimo texto,
ResponderEliminarDiscordo em relação a tuação de Depp, acho que foi prejudicado pela exposição excessiva, além de compor um chapeleiro louco deprimido e heroico.
Pra mim o grande nome do filme foi Helena Bonham Carter que criou o personagem mais interessante do filme.
uma bostaaaaaaaaaaaa esse filme naum vale neim dois centavos assisti em 3 d e so queimei vinte reais .... infelismente...
ResponderEliminarQue merda de filme! Paguei pra ver um clássico e vi Narnia! O filme não passa nada do clima da história de verdade! Só tem os mesmos personagens. Nego fala da rainha ou dos gráficos pra tentar achar algo de valor, mas duvido que alguem ficou satisfeito com esse filme pra rever...hahahaha
ResponderEliminareu sou um fan incodicional de tim burton, reconheceria um mero rabisco dele num papel.o filme é uma delícia de se vera trilha sonora é linda embora super parecida com filmes anteriores, o furino enche a tela, e depp mais uma vez nos deixou sem palavras. Que pena que a disney nao tenha dado total liberdade a ele,pois reconheço muita pouca coisa que me dá segurança que tenha saido da cabeça do nosso aclamadíssmo e querido diretor!tenho absoluta serteza que os fans odiaram !e eu acho que ninguem esperaria um classico dirigido por tim burton pois sua linha e o total avesso disso !resumindo...Wasikowska é pessima,a até o sapo de animaçao a ofuscaria facilmente.
ResponderEliminarAquele castelo é ridículo parece gráfico de game,e esse é um filme de qualquer diretor menos de burton !WEMERSON DIAZ
Esse filme é num máximo nota 4, personagens não cativantes, uma história mal costurada e sem pé nem cabeça e uma Alice que não convence nem um pouco!!!
ResponderEliminarUm filme que não prende sendo muito água com açúcar!!!
Filmes toscos nos fazem rir, esse, nem isso!!!
Confesso que vi o filme com relativa má qualidade. Não me desloquei ao cinema para o ver (que bem que era em 3d). Uma vez mais Tim Burton a não supreender. Questumo dizer que este filme so podia ser dele. Uma fantasia ao seu estilo, eu que digo e que tento nao ser suspeito porque fantasias para mim so mesmo as de burton, devido ao seu estilo tao minuncioso de tratar a fantasia como... fantasia! Digo que nao supreende para quem de facto o conhece, fãs criticos admiradores... Eu diria mesmo que nao supreendeu em nada! Mas a capacidade artistica e de efeitos especiais fazem do filme no geral um filme "podio" de burton.
ResponderEliminarUma vez mais John Deep chamado à acção. Pela sua irreverencia e excentrecidade e claro pela sua amizade com o realizador, ninguem mais o podia fazer. Oscar não mesmo . ursinhos ate seria justo. mas como o filme nao se trata de um independent film ou algo do genero , ha muito dinheiro investido (nem que seja para o bolso de Jdeep, actualmente o mais careiro de holewod)
Digo isto porque os filmes de burton nao sao os melhores para atrair oscares. foge um pouco ao real cenario que se passa la nos states. isto de um modo geral, de um modo particular tanta cor tanto efeito tanta "coisa" em volta da personagem que camulfa um pouco as qualidades de deep, nossos olhos "fogem para os coelhinhos".
Alice no pais das maravilhas é um filme que recomendo. um filme que foi feito para massas e que enche plateias, e que consegue superar a meta dos grandes que nao é o facto de encher ou nao!
Grande filme.
ResponderEliminarAinda me lembro de ver em miuda os desenhos animados e o filme.
Como é que o Tim Burton e a sua equipa conseguiram reinventar um clássico já tão batido?
Incrivel mesmo.
Realmente deixou muito a desejar. Um filme que não possibilitou o destaque de ninguem, afinal, nem mesmo a atuação de Depp que foi tão esperada é algo que realmente surpreenda como a maioria dos papéis que interpreta. Um daqueles filmes em que você sai do cinema e se pergunta "tanto alvoroço pra isso?" e embora desejasse mais uma obra-prima de Burton, acabei me deparando com um de seus maiores fiascos, o que realmente me deixou bastant triste.
ResponderEliminarFILME ORRIVEL MUITO ORRIVEL NAO GOSTEI DE NADA COMPLETAMENTE EU ODIEI
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