Crítica - The Sorcerer's Apprentice (2010)

Realizado por Jon Turteltaub
Com Nicolas Cage, Jay Baruchel, Alfred Molina, Monica Bellucci, Teresa Palmer

O clássico “Fantasia” (1940) da Walt Disney é homenageado em “The Sorcerer’s Apprentice”, um filme medíocre dos mesmos criadores dos igualmente medíocres “National Treasure” (2004) e “National Treasure: Book of Secrets” (2007), Jerry Bruckheimer e Jon Turteltaub. A sua história é protagonizado por Balthazar Blake (Nicolas Cage), um feiticeiro herdeiro dos ensinamentos de Merlin que, ao longo de mil anos, se viu envolvido numa batalha entre o Bem e o Mal e que agora é forçado a recrutar e a treinar Dave Stutler (Jay Baruchel), um jovem com um enorme potencial místico que é o feiticeiro escolhido para combater as Forças das Trevas lideradas por Morgana (Alice Krige), uma cruel feiticeira que se encontra presa num urna mágica (Grimhold) mas que a qualquer momento pode ser libertada pelos seus aliados, Horvath (Alfred Molina) e Drake Stone (Toby Kebbell).


O enredo de ”The Sorcerer’s Apprentice” é extremamente linear e a sua história é essencialmente uma versão mais moderna de vários clássicos cinematográficos como “Dragonslayer” (1981), “Johnny Mysto: Boy Wizard” (1997) ou “Harry Potter”, assim sendo, somos confrontados com uma narrativa muito previsível e muito pouco criativa que também se encontra cheia de clichés e entre estes destaco o facto de Dave Stutler ser um nerd/falhado que subitamente descobre que está destinado a ser um poderoso feiticeiro que superará inclusivamente o seu inusitado mestre Balthazar Blake e o facto de Morgana e Horvath serem os típicos vilões ancestrais e completamente imbatíveis que acabam por ser derrotados por um adolescente sem qualquer experiência, este ultimo exemplo também serve para exemplificar as constantes inconsistências e incoerências desta narrativa. ”The Sorcerer’s Apprentice” também é composto por vários momentos cómicos que tentam, sem muito sucesso, entreter os seus espectadores até porque estamos perante um filme claramente comercial e familiar, no entanto, esses momentos acabam por não resultar porque não são muito ambiciosos ou inovadores. O romance também está levemente presente neste filme através das relações que Balthazar Blake e Dave Stutler estabelecem respectivamente com Veronica Gorloisen (Monica Bellucci) e Rebecca Barnes (Teresa Palmer), no entanto, essas relações nunca ganham uma dimensão muito significativa. “Fantasia” (1940) é timidamente homenageado através de algumas referências, no entanto, se excluirmos a temática central (Magia), “The Sorcerer’s Apprentice” não tem muito em comum com “Fantasia”, uma obra largamente superior.


A vertente visual de ”The Sorcerer’s Apprentice” é inegavelmente o seu melhor elemento. O seu realizador, Jon Turteltaub, utilizou os efeitos especiais mais actuais para criar várias sequências visualmente fantásticas que nos mostram vários duelos extraordinários, no entanto, estas cenas não são suficientemente fortes para salvar este filme da mediocridade. Nicolas Cage é o actor mais conhecido do elenco, no entanto, não nos consegue oferecer uma performance muito cativante como Balthazar Blake, Alfred Molina também não nos convence com a sua interpretação de um vilão muito estereotipado. Monica Bellucci tem uma performance muito discreta e Jay Baruchel é o único actor que realmente nos oferece algum carisma e realismo como Dave Stutler. Á semelhança do que aconteceu com “National Treasure” (2004) e “National Treasure: Book of Secrets” (2007), Jerry Bruckheimer e Jon Turteltaub não conseguiram transformar ”The Sorcerer’s Apprentice” num filme minimamente razoável, no entanto, ninguém dúvida que esta obra medíocre irá entreter muitos jovens e muitas famílias porque, afinal de contas, estamos perante um filme de Jerry Bruckheimer e da Walt Disney.

Classificação – 2,5 Estrelas Em 5

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1 Comentários

  1. Que filme fraquinho. Tirando os efeito visuais nada se aproveita e mesmo esses não são nada do outro mundo.
    O dialogo é do mais infeliz a que já assisti e nenhum actor se destaca pela positiva o que leva a uma total falta de empatia com as personagens.
    2/10.

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