Crítica - Despicable Me (2010)

Realizado por Pierre Coffin e Chris Renaud
Com Steve Carell, Jason Segel, Russell Brand

A recém-criada Illumination Entertainment conseguiu convencer a crítica especializada e o público mundial com este “Despicable Me”, uma divertida animação que marca a sua estreia nesta competitiva indústria e que acaba por nos apresentar um nível qualitativo muito semelhante àquele que nos é habitualmente oferecido pelas grandes produções dos grandes estúdios deste género. “Despicable Me” acompanha a história de Gru (Steve Carell), um super-vilão que tem vindo a ser ultrapassado por outros vilões mais novos e mais astutos, no entanto, ele planeia recuperar o seu estatuto de “Maior Vilão de Sempre” com um novo plano maléfico (Roubar a Lua) que irá obliterar qualquer outro plano concebido por um dos seus maiores rivais, Vector (Jason Segel), mas esta sua malévola artimanha sofre um importante revés quando uma série de estranhas ocorrências impossibilitam a sua execução, no entanto, este astuto vilão não desiste e acaba por encontrar a resposta para todos os seus problemas em três pequenas e indefesas órfãs (Margo, Edith e Agnes) que o vão ajudar a superar Vector, mas que também lhe vão mostrar que há coisas na vida que são muito mais importantes que os seus planos maléficos.


A Illumination Entertainment foi fundada em 2007 por Chris Meledandri, um dos principais responsáveis pela 20th Century Fox Animation e pelos seus maiores sucessos comerciais, “Ice Age” (2002) e “The Simpsons Movie” (2007), assim sendo, não é de estranhar que este “Despicable Me” se encontre ao mesmo nível que essas rentáveis animações. O filme é composto por vários momentos humorísticos que não são muito complexos ou inovadores, mas que conseguem arrancar algumas gargalhadas aos espectadores mais novos e até aos mais velhos, momentos esses que derivam maioritariamente de várias situações comuns que evolvem Gru e as órfãs ou Gru e os seus Minions/ Mínimos, umas pequenas personagens amarelas que se assumem claramente como um dos elementos mais engraçados desta obra, que também aborda alguns temas mais sérios que são explorados através da sua personagem principal, Gru, um vilão atípico porque por baixo do seu aspecto vilanesco encontramos um homem que foi negligenciado pela sua mãe durante a sua infância e que, agora, só quer ser amado por alguém, um afecto que lhe será concedido pelas três pequenas órfãs que o levam a cometer um acto heróico que finalmente irá deixar a sua mãe orgulhosa.


A vertente cómica da narrativa é completada pela vertente técnica desta obra que, apesar de não ser tão exuberante ou deslumbrante como as vertentes técnicas das obras da Pixar/Disney ou da DreamWorks Animation, consegue oferecer algum humor extra a esta história através de um design exacerbado das personagens e de um design coloridos dos vários cenários. Steve Carell está óptimo como Gru, no entanto, não é o único actor que se destaca neste elenco porque Jason Segel e Russell Brand também nos oferecem duas performances vocais muito interessantes como Vector e Dr. Nefario, duas personagens secundárias que são responsáveis por várias cenas cómicas. Em suma, “Despicable Me” é um filme divertidíssimo que não é excessivamente infantil e que se mostra perfeitamente capaz de rivalizar com as maiores animações comerciais dos maiores estúdios norte-americanos.

Classificação – 4 Estrelas Em 5

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2 Comentários

  1. Estes bonecos amarelos, os Minions, na minha opinião, foram das criações mais cómicas a nível da animação dos últimos tempos, mesmo fazendo lembrar um pouco os aliens do Toy Story...

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  2. Ainda não vi o filme, mas é um que vou ver com grande atenção.
    Parece super engraçado!

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