Crítica – Eat Pray Love (2010)

Realizado por Ryan Murphy
Com Julia Roberts, Javier Bardem, James Franco

Goste-se ou não, Hollywood é uma fábrica de fazer sonhos e a mais do que isso , uma máquina de fazer e refazer de novo os sonhos ao sabor de cada época. Eat Pray Love, produzido a partir da obra original de Elizabeth Gilbert, é um sonho do século XXI, a crença de que a felicidade depende do conhecimento interior e que este conhecimento é fácil de alcançar nas regiões mais exóticas do planeta. Liz Gilbert (Julia Roberts) acaba com um casamento que a fazia infeliz, partindo o coração do marido que ainda a ama. Não conseguido lidar muito bem com essa culpa empreende uma longa viagem de um ano pela Itália onde aprende a comer, pela Índia onde aprende a orar terminando em Bali onde aprende a aceitar o amor. Nesta peregrinação vai encontrando curiosas personagens, pessoas com histórias singulares, vai se apaixonando, vai vivendo possibilidades de existência e sobretudo aprendendo que o amor não pode passar pela diluição no outro.


O que de novo o filme traz sobre os metros de película que já foram rodados sobre estas temáticas é talvez esta necessidade que Hollywood vem sentido de procurar a espiritualidade fora das grandes religiões do mundo, a atenção ao oriente e uma pseudo-humildade perante a sua milenar cultura. Ainda assim a beleza das personagens é perfeitamente moldada pelos cânones americanos bem como a concepção de amor defendida. O filme vale pela fotografia atenta aos momentos de cada espaço mais do que as imagens de postal ilustrado e pela interpretação sempre cativante de Julia Roberts. Para quem gosta do género, a revisão da temática da busca interior como forma de atingir a felicidade tem também alguns momentos originais e outros bastante cómicos.

Classificação - 4 Estrelas Em 5

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